domingo, março 15, 2015

Das manifestações do dia 15

O que deveria ser um manisfesto contra corrupção, virou uma vergonha alheia.
Hoje, dia 15 de marco de 2015, senti vergonha de ser brasileiro.
Manifestações que deveriam buscar reforma politica na verdade foram um massacre ideológico e um nítido exemplo que a educação do Brasil esta um caco.
As pessoas vão pra rua para lutar contra Cuba, contra o comunismo, contra o PT, contra Dilma e Lula. E esquecem que não é só esse partido que é responsável pelo roubo, por mensalões e corrupção.
Reforma politica estava longe da pauta dos manifestantes. A reivindicação estava voltada para o fim do Governo Dilma e seu impeachment. Ninguém lembra que nosso querido vice quem assumiria o cargo. Provavelmente a maioria daquelas pessoas não sabem nem o nome do Michel Temer, pois esperam o Aécio assumir o cargo apos a saída da presidenta.
Admito que odeio falar sobre politica aqui no blog, pois é muito polêmico. Mas as pessoas precisam entender que politica não é igual futebol. No esporte cada um tem seu time na dificuldade ou na vitoria. Na politica não, temos que ser brasileiros, torcer para o bem de todos. E reclamar sim mas com fundamentos. Não é um impeachment que vai resolver a situação e sim uma reforma politica para fazer um limpa no Congresso.
O que me deixa mais envergonhado é o conhecimento dessas pessoas que estão na rua. Perdão da palavra mas uma pessoa que pede a volta da ditadura militar tem que ser muito burro.
Vocês, que estão lendo o blog, tem acesso a facebook, twitter, redes sociais de todo tipo, é tudo tão lindo né. A liberdade de ler e escrever o que quiser quando bem entender e nada pode impedi los. 
Na ditadura não existe isso. Não existe liberdade de impressa e nem vai existir caso ocorra uma volta dos militares ao poder. Ou vocês acham que no Regime Militar tem manifestações?
E o PT comunista? Um partido que foi criado com um pé na igreja e outro nos sindicatos não é comunista. Hoje o partido é de direita assim como PSDB entre outros. Abre o Google e procura o que é Comunismo. Lê o que significa, o que foi, como era, que países, de fato, tiveram o comunismo.
E o patriotismo? Privatizar tudo? Privatizar a Petrobras? Vai privatizar nossa empresa para os políticos não roubarem? Cara, que pensamento ridículo é esse? Vamos enfiar nossa empresa nos gringos que resolve o problema. Claro que resolve né (ironia).
Fico revoltado com isso e ao ver as fotos dos manifestantes, fico com vergonha. Isso é falta de educação básica, aulas de historia do ensino fundamental. Isso me preocupa muito pois demonstra uma educação falha em nosso País. É tanta revolta só que infelizmente canalizado de forma errônea. Precisávamos sim de manifestações mas para buscar os corruptos, abrir investigação em cima de todo mundo e retirar os culpados.
A culpa disso tudo não é dos eleitores da Dilma. E aqueles que se isentam da culpa por ter votado no Aécio, esses sim são os mais ridículos. A culpa é de todo mundo que não a nada, que são corruptos no seu dia a dia. 
Quem comanda o sistema somos nos e os homens são corrompidos. Chega de aceitar aquele que rouba mas faz. Chega de aceitar presentinhos por votos. Chega de votar nos mesmos corruptos.
Diga sim por uma busca de ladrões e de investigação em todos que estão no Congresso. Investiguem a Dilma, o Aécio e toda corja.  
Diga sim pelo nosso Brasil e não para acabar com partido ou candidato especifico.

Fotos:









Ps: Sobrou até para o Paulo Freire
Ps2: Diabo agora é comunista também.


sexta-feira, março 13, 2015

A Teoria de Tudo


Mais um post sobre filmes. Aproveitando minha vontade de assistir aos concorrentes ao Oscar 2015 (não que eu veja todos mas pelo menos alguns) a película da vez é "A Teoria de Tudo", cinegrafia de Stephen Hawking.

O filme foi baseado no livro escrito por sua primeira esposa, Jane Wilde, "A Teoria de Tudo, uma Extraordinária Historia de Jane e Stephen Hawking", dirigido pelo diretor James Marsh.

De inicio não esperava muita coisa no filme, achei que seria um tédio. Esperava uma historia chata no qual mostraria a vida de Hawking, a evolução de sua doença e contratempos de seu crescimento profissional. Não foi bem assim. O roteiro é basicamente isso mostrando no inicio, momentos de sua vida acadêmica onde conheceu sua futura esposa e entrou nos estágios iniciais de sua doença. Fui surpreendido pelo desenrolar da história.

Particularmente nunca fui fã da personalidade de Stephen Hawking. Ele é um gênio, fato, porém nunca fui muito seu fã. Talvez até por falta de informação de seus modos e personalidade. Após assistir o filme, mudei meu conceito. A atuação e caracterização do vencedor de melhor ator de 2015 realmente merecia o premio.

Eddie Redmayne foi estupendo. Apaixonei me pelo personagem, por sua loucura, seu jeito, sua simplicidade. Um misto de admiração e pena pela situação que ele vivia me cativou. O filme tinha tudo para ser monótono, mas a angustia, o sofrimento e a incapacidade física do personagem de realizar atos simples como andar ou segurar uma colher para poder se alimentar é repassada pelo ator de forma brilhante. Não parece que é um ator que está ali, parece ser o próprio Hawking sofrendo e enfrentando o dia a dia em casa e em seu trabalho. Um exemplo de vida, força e esperança dele e de sua primeira esposa, Jane Wilde.

Um belo filme, uma bela historia de vida, uma obra de arte.

quinta-feira, março 12, 2015

Birdman


O filme da vez é Birdman. Ganhador do Oscar de melhor filme do ano, está gerando polêmicas entre os críticos de plantão. Todo mundo quer dar opinião, comentar, mas poucos apreciam ou se informam como deveriam. Já outros se informam demais e continuam ignorantes por natureza, ou prontos somente para provocar o próximo com argumentos que nem de perto chegam a exemplificar o que foi falado anteriormente. Vou deixar essa revolta particular de lado e para outro dia pois hoje vamos falar da sensação do Oscar 2015. 

O que levou Birdman a ganhar o premio máximo do cinema mundial? Procurando entender um pouco da opinião publica como disse no inicio, as criticas divergem assustadoramente. Para alguns foi o melhor filme já feito de todos os tempos. Para outros, um filme feito para dormir no sofá de tão monótono e fraco. E agora? Talvez para essas pessoas que não gostaram, provavelmente estavam esperando um filme de ação, tipo blockbuster, o famoso arrasa quarteirão com efeitos destruidores e torcendo para que o Birdman apareça e salve o filme (a participação do Birdman em uma cena foi demais!). Já os mais entusiasmados, acreditam que por apresentar fortes traços de existencialismo e brinquem com a imaginação de quem assiste, colocam esse ganhador do Oscar em um pedestal inatingível, sendo merecedor de melhor filme sem discussões. Assisti o filme e pra mim, não é nenhum nem um nem outro: é um filme normal, que não vai mudar minha vida (não joguem pedras ainda), porém, é um filme que deve ser assistido com atenção e apreciando suas qualidades, que a proposito são muitas.

A principal característica de Birdman começa pela escolha do ator principal, Michael Keaton, o eterno Batman de Tim Burton. E justamente por esse fato (não é coincidência) que Keaton foi escolhido para o papel pois assim como o protagonista Riggan Thomson, ele é um ator estigmatizado por ter feito um herói no cinema e que agora busca prestigio contra uma decadência que veio após a negativa de interpretar pela 4° vez Birdman nas telonas, filmes esses que lhe deram fama e fortuna.

Riggan tenta restabelecer sua carreira dirigindo e atuando uma peça na Broadway baseado em um conto de Raymond Carver "Do que Estamos Falando Quando Estamos Falando de Amor?" É justamente entre os ensaios(pré-estreia) e a estreia da peça teatral que se desenrola a história. Além de Keaton, ainda temos a presença de Edward Norton, Emma Stone, Naomi Watts, Zack Galifianakis (oh nome f.d.p.) entre outros.

A estrutura dos diálogos e as cenas são enganosamente simples. Mas a crise existencialista vivida por Riggan juntamente com a duvida do que é real ou apenas invenção de uma mente perturbada, prende a atenção do publico e nos faz pensar até onde isso pode levar o protagonista no enredo. Não há separação da realidade ou fantasia.

Birdman foi dirigido pelo mexicano Alejandro González Inárritu e utiliza sequencias de cenas sem interrupção, passeando pelos corredores, passando de uma sala para outra sem cortes, dando a entender que o teatro é uma metáfora da cabeça do protagonista. Não vi os outros filmes desse diretor, mas provavelmente Birdman já pode ser considerado como o seu melhor trabalho, tanto como direção como edição, que na minha opinião foram impecáveis.

Até agora não sei classificar que estilo de filme seria Birdman. Comédia? Talvez drama? Pelos diálogos, crises existenciais, cenas surreais produzidas pela mente de Riggan e claro pelo estilo de direção já citado, classificaria esse ganhador do Oscar como um filme CULT. Talvez pelo fato de lembrar de filmes como Clube da Luta ou Donnie Darko quando estava assistindo e esperando algum tipo de coisa bizarra acontecer, tipo o final do filme. 

Sem spoilers, mas o final deixa em aberto o que é real e o que não é. Seria somente mais uma alucinação ou a ficção se tornou realidade e a mente é mais forte do que podemos imaginar? Isso pode gerar boas horas de discussão em um buteco.

No final das contas, acredito que Birdman foi supervalorizado assim como todos os filmes do diretor mexicano. Não o vejo como o melhor filme do ano, talvez nem entre os melhores. Isso vale também para Michael Keaton, que ainda estará com seu estigma não só de Batman, mas como BeetleJuice. Recentemente ele deu uma entrevista afirmando que deveria ter ganhado o Oscar de melhor ator e complementou que "as pessoas não entendem a dificuldade que foi pra ele realizar esse filme" fazendo alusão sobre interpretar um personagem com tamanha semelhança de sua história de vida, o que é inegável.

Pra terminar, a frase que estava no espelho do protagonista no teatro:

"Uma coisa é uma coisa, e não o que se diz sobre ela.".

É uma frase a se pensar e vai render mais algumas horas de discussão em cima do que foi mostrado em Birdman. 
Bjo.

segunda-feira, março 09, 2015

Debi e Loide 2

Na maioria das vezes descrevo os acontecimentos dos filmes que assisto, mas esse será um post breve, então vou somente dar opinião. 
Quando comecei a assisti lo, não estava otimista. Sinceramente achei que seria uma bosta, que não teria minima graça e em nenhum momento me faria rir. Não estava totalmente errado. 
Até gosto do primeiro filme pois sou fã das caras e bocas do Jim Carrey, mas o que mais me chamou a atenção não foi somente ele. Do inicio ao fim, me senti como se estivesse vendo Debi e Loide 1. 
As atuações dos dois personagens foram idênticas a do primeiro. Até os acontecimentos durante o filme me lembravam o tempo todo o primeiro filme. Então um aviso, se você gostou do primeiro, assista porque não tem como perder o segundo. 
Agora se você não gostou, fique bem longe pois é praticamente a mesma coisa, com cenas parecidas e senso de humor bem forçado. 
Talvez forçado não seria a palavra certa, mas é que Harry e Loide estão bem piores do que eram antes. Eles são muito debiloides. 
O filme me arrancou algumas risadas e não foi uma perda total de tempo, mas repito, simplesmente porque foi interessante ver os dois atores reprisando os papeis e rever o "Carro Cão" foi nostálgico.
Poxa, foram 20 anos depois, é nostálgico ver varias referencias antigas. Tem que respeitar um pouquinho.

domingo, março 08, 2015

Herois do cinema sendo herois na vida real


Ontem fiz um post reclamando que o mundo precisa de super heróis e pessoas a quem podemos chamar de ídolos. Que todos nos estávamos carentes de ícones para nos espelharmos. Continuo com a mesma opinião mas hoje de manha me deparei com algumas imagens que me surpreenderam e me deixaram muito feliz.
Chris Evans e Chris Pratt, o Capitão America e Peter Quill dos cinemas respectivamente, visitaram dois hospitais que cuidam de crianças com doenças terminais como o câncer, em Boston depois Seattle
Eles visitaram, inclusive caracterizados com seus personagens e distribuíram muito mais do que fotos e brinquedos. Distribuíram amor, afeto, atenção e esperança para essas crianças.
Tudo começou com uma aposta entre os dois no ultimo Superbowl. Evans, torcedor dos Patriots e Pratt, torcedor dos Seahawks combinaram que, independente da vitoria, cada um visitaria um hospital em uma das cidades, Boston e Seattle. 
Um grande exemplo do que reclamei do ultimo post. O mundo precisa de mais pessoas assim, de heróis de verdade, não somente realizando sua profissão nos cinemas mas trazendo isso para a vida real e principalmente para pessoas que precisam.
O mundo ainda pode ser salvo. Só depende de nós.

Seguem as fotos de Boston








E as fotos de Seattle









sábado, março 07, 2015

Por que o mundo precisa de um Superman?


"Você vai dar às pessoas um ideal para lutar. Vão correr atrás de você, Vão tropeçar, vão cair. Mas com o tempo, eles vão acompanhá-lo ao sol. Com o tempo, você vai ajudá-los a realizar maravilhas."  
Jor-El
Man of Steel


Queria ter abordado esse tema faz anos, inclusive já tinha escrito um esboço mas acabei perdendo. O mundo realmente precisa de um Superman? O mundo precisa de um salvador, alguém que podemos chamar nos momentos difíceis e nos livrar do mal?

Historia do Superman
Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, Superman apareceu pela primeira vez em 1938, na revista Action&Comics americana. Nascido no planeta Krypton, Kal-El foi enviado para Terra pelo seu pai Jor-El para salvar seu único filho no momento em que seu planeta estava a beira da destruição.  Aterrizando no Kansas, Kal foi encontrado pelo casal de fazendeiros Jonathan e Marta Kent, que criaram o garoto como se fosse seu filho, ensinando os valores e bons modos para aquele que iria se tornar uma lenda, o campeão da verdade e da justiça. Com tempo, o jovem, agora adotado, Clark Kent se tornou repórter do Planeta Diário de Metropolis para esconder sua identidade e ficar próximo das noticias e problemas que o mundo enfrentava. Seu alter ego Superman se tornou defensor da justiça e ideais com forte senso de responsabilidade e moralidade, enfrentando inimigos dentro e fora do planeta para proteger a humanidade.

Completando 77 anos desde o lançamento de sua HQ, Superman também brilhou nas telas do cinema. Apesar de series e filmes anteriores, nenhum alcançou tamanho sucesso quanto o Superman de Christopher Reeve. Lançado em 1978, o filme altera o modo como víamos os super heróis e nos fez acreditar que o homem poderia voar.  Reeve fez parte da minha infância e tenho certeza que influenciou no meu amor pelos heróis e quadrinhos sendo que até hoje ainda me emociono quando lembro de cenas de seus filmes, principalmente Superman 2, que pra mim, é inigualável. No filme, Superman enfrenta General Zod e mais dois Kryptonianos e os vence, não com brutalidade ou violência e sim com inteligencia. A cena em que Superman supostamente sem poderes se ajoelha perante Zod me deixa arrepiado só de lembrar. 
E esse final quando Clark volta para cafeteria e encerra o filme? Rapaz, cresci com essa cena na cabeça: "Jamais os abandonarei de novo!". Escorreu uma lagrima masculina aqui.

Superman de Bryan Singer de 2006, apesar da critica ter detonado o filme, eu gostei. Explicando me, ele é uma homenagem feita de um fã para fãs do Homem de Aço, pelo menos foi assim que vi. Ao assistir pela primeira vez, percebi varias cenas que buscavam lembrar o primeiro filme do Christopher Reeve, inclusive nas falas e momentos de ação. Desde a abertura do filme (com finado Marlon Brando) até a queda do avião, tudo lembra o primeiro filme. E palavras do próprio diretor, o filme foi realizado para homenagear Reeve e seus fanáticos adoradores e tratando se de uma continuação dessas sagas.

E Man of Steel de 2013? Apesar de ser "overpower", o filme é bom. Mostra uma realidade diferente da que conhecemos, talvez mais realista, voltada para os dias de hoje mostrando que uma pessoa com os poderes do Clark não conseguiria ficar escondida por tanto tempo. É um novo universo que veio com o objetivo de dar inicio finalmente ao projeto chave que a DC Comics planeja por anos: Liga da Justiça. A visão do diretor Zack Snyder dá um ar sombrio ao filme, mas a moralidade de Clark ainda são fundamentais para o desenrolar da história. É nesse filme que assistimos o fim da cueca por cima da calça e se parecendo com o uniforme do atual Superman dos quadrinhos da saga Novos 52.

O mundo precisa de ídolos, nós precisamos de ídolos
Quando comento que o mundo precisa de um Superman, não é somente para nos salvar. Todos nós precisamos de inspirações, alguém em que possamos nos espelhar e querer ser uma pessoa melhor. Vejo nosso querido Brasil, tão carente de ídolos, tão carente de heróis. E digo heróis, não de pessoas voando por ai salvando os outros e sim pessoas que lutam para fazer a nossa vida e do resto da sociedade um lugar melhor para se viver. Quem é nosso ídolo hoje? Em quem podemos nos inspirar? Joaquim Barbosa? Neymar? Feliciano? Aécio Snow? Ronaldo comedor de travesti? Ah por favor. Infelizmente não temos. 

Eu tive ídolos. Pessoas que me marcaram e fizeram parte do meu aprendizado e moldaram o que sou hoje. Além de Christopher Reeve, um deles foi Ayrton Senna. Ele não foi simplesmente um piloto de formula 1. Ayrton inspirou pessoas iguais a mim e tantos outros que preocupam com o andar da nossa sociedade. A falta que Ayrton Senna faz é gigantesca não somente pela falta de empolgação para assistir corridas todo domingo de manha mas pela falta de espelhos na porcaria que é a mídia hoje. Ayrton Senna era diferenciado, um herói nato, com um senso de responsabilidade incrível. Em 1992, Senna abandonou seu carro para prestar auxilio a um companheiro de corrida. Enquanto todos passavam ali, Senna desceu de seu McLaren no meio dos treinos e foi prestar os primeiros socorros. Isso é atitude de um herói, que se tornou uma lenda pois são atitudes iguais a essa que o mundo precisa para mudar. 
"Senna demonstrava publicamente preocupação com a pobreza generalizada no Brasil, especialmente em relação às crianças. Após sua morte, foi descoberto que ele havia doado em segredo uma porção muito grande de sua fortuna pessoal (estimada em cerca de US$ 400 milhões) para ajudar as crianças pobres. Pouco antes de sua morte, ele criou a estrutura de uma organização dedicada às crianças pobres brasileiras, que mais tarde se tornou o Instituto Ayrton Senna" (Fonte IAS)

Inspiração e Ensinamentos
Apesar de muitos dizerem que os quadrinhos continuam sendo feitos para crianças, eu discordo. Muitos da minha idade cresceram lendo gibis e até hoje continuam lendo. Particularmente tenho minha coleção guardada até hoje, considero sendo minhas relíquias, talvez até herança caso algum dia elas criem valor monetário. Pra mim é muito mais que isso, é parte da minha infância, parte do que eu sou, e parte do que tento passar a todos que conversam comigo. Essas revistas me ensinaram muitas coisas e continuo aprendendo até hoje. Conceitos morais, religiosos, éticos e políticos são abordados constantemente nas HQs de forma adulta na maioria dos casos. 

Concentrando no Superman, podemos ver Jonathan Kent como um exemplo de pai, um pai adotivo, humano e mesmo assim falho como todos nós, que foi capaz de ensinar como ser um homem para um garoto que poderia matá-lo com apenas um olhar. São valores que faltam hoje em nossa sociedade. Se a maioria das pessoas tivessem um pai igual a Jonathan,
nossa sociedade seria "menos ruim" do que é hoje. A relação familiar que existe para muitos é falha. Os pais hoje estão mais preocupados em ganhar dinheiro, seja para acumular mais riqueza ou simplesmente sobreviver, a educação dos filhos fica por conta de outras pessoas, seja ela a empregada, a creche ou a televisão. Hoje assistimos as crianças sendo criadas com base em malhação e BBB. Que futuro esperamos para nossa sociedade com jovens crescendo acreditando que um ídolo a se espelhar é um Neymar da vida? Não concorda? Imagine se o foguete que trouxe Kal-El do espaço fosse achado por Lionel Luthor. O mundo não seria nem a sombra do que conhecemos hoje e viveríamos o fim dos tempos.
"Os verdadeiros heróis são aqueles que podem nos ensinar e inspirar o que há de melhor nas pessoas, não pela brutalidade, ou violência mas sim com palavras e atitudes que todos devíamos ter"

"Vocês sabem o por que de não existirem mais heróis? É porque as pessoas os invejam, os recriminam, os julgam, elas não os idolatram". Isso pode parecer pessimismo exacerbado da minha parte mas é verdade. Quase não vemos mais ídolos, sejam eles no esporte, na politica ou qualquer esfera da sociedade. E quando surgem algum candidato a assumir o "trono", qualquer minima falha que a pessoa tenha, rapidamente a mídia tenta queimá-lo e mostrar outro lado. Ninguém pode ser ídolo, se destacar com atitudes louváveis que sempre surge um grupo de pessoas contra, buscando podres para "desmascarar o falso herói". Por outro lado, o adjetivo herói é dado para pessoas que nunca mereceriam o titulo, a exemplo de participantes de BBB, jovens herdeiros milionários esbanjando dinheiro, o safado do Bono Vox ou políticos que falam mal do atual governo somente para aproveitar da situação e se promover. Esses infelizmente são os exemplos de heróis que devemos seguir? Pois é o que temos...


"Tem que decidir que homem vai se tornar.
E seja lá quem ele for... 
Ele vai mudar o mundo"
Jonathan Kent
Man of Steel

E o Superman? Por que ele é importante? Por que ele é diferente? Por que devemos seguir seus passos? Não é pelo fato de ser capaz de destruir o planeta caso fosse sua vontade. Poderia mudar o mundo? Talvez. Entretanto o mais importante não são seus poderes e sim o que ele representa, o que são os seus ideais. Não por usar uma capa, um uniforme bacana ou ser invencível, mas por ser o primeiro a se por na frente do perigo para proteger o outro, alguém que nunca conheceu na vida. Ser poderoso e forte para ser útil e não para ser melhor do que outra pessoa. 

O mundo cada vez mais te obriga a ser cruel com os semelhantes, te anestesia e te mostra que é normal uma pessoa ser estuprada, ser violentada, transformando isso em romantismo. Mostra que a violência e o abuso de poder por governantes, crime organizado e policia fazem parte do cotidiano e devemos aceitar de braços cruzados. Não vamos longe, vamos em nosso dia a dia para exemplificar: o trabalho em empresas hoje te mostra que você precisa vencer seu adversário a todo custo, que você precisa crescer sem compaixão pois caso contrario seu concorrente consegue uma melhor posição, aquele aumento tanto desejado ou o seu cargo. Subir as custas dos erros dos outros é a cultura aplicada nas entrelinhas de todo processo econômico. Infelizmente a cultura que é imposta a todos não é pelo bem, pelo amor ao próximo, pela valorização da ingenuidade e sim o contrario. Existem poucas pessoas que te elogiam pelo seu caráter, pelas suas boas atitudes ou ajuda ao próximo. É algo que não tem valor na sociedade que só valoriza a arrogância e desprezo ao próximo. Se você pode ser melhor do que seu semelhante, então você será um herói e terá vários seguidores. Ridículo.


E se...

É muito estranho pensar que um extraterrestre seja necessário para acender a nossa humanidade. Fico imaginando que se Superman existisse, ajudando a todos, salvando, orientando, enfrentando a corrupção, nos daria exemplos que somente com as atitudes, somos capazes de mudar o mundo.

Como um ser tão poderoso, capaz de governar e escravizar a todos, é capaz de ser tão humilde, tão humano e dedicar sua vida a salvação de indivíduos que ele nem conhece ou que não lhe devem nada. É de se pensar e acredito fielmente que o mundo precisa SIM de um ícone para se espelhar, para nos orientar e nos tornar mais humanos para conseguirmos respeitar o próximo e tornar o mundo melhor para se viver.

 "Isto é uma interessante dicotomia. De diversas maneiras, Clark é o mais humano de nós todos. Então… ele lança fogos dos céus, e é difícil não pensar nele como um deus. E como nós somos afortunados que isso não ocorra a sua mente."


Batman
Superman/Batman #3




domingo, março 01, 2015

Contos de Asteria

Uma missão de rotina, nada que poderia dar errado. Levar um príncipe bastardo de volta ao seu reino corrupto. 
A importância dada a esse delinquente me surpreende. Príncipe de um reino gigantesco no qual exploram alem de seus súditos, todos os reinos ao seu redor, é filho bastardo do Rei Eridian, que por pena, acolheu seu bastardo. Ao invés de mostrar gratidão, o príncipe tomou conta do reino pois seu pai não tem mais condições de governa lo por causa da idade.
Arrogante e prepotente, acredita que pode tudo, inclusive dominar o reino de Asteria. É claro que ele não deixa isso claro, mas suas idéias e recomendações feitas ao nosso Rei são os primeiros passos do golpe. Chegar ao nosso reino informando que precisa de livre acesso aos palácios de Asteria, aos centros comerciais e reinos agregados, é de matar.
Minha vontade seria enfiar minha espada pela garganta desse príncipe e beber uma boa cerveja dos Alpes de Green Moon olhando para o seu cadáver. Ao invés disso estou aqui atravessando a Floresta Perdida ainda por cima com a missão de escolta-lo.
Não é a toa que nosso Rei coloca meu irmão para realizar as negociações do Reino.
Enquanto isso, tento manter o controle e não pensar na alegria que seria esquarteja lo. Porem, o príncipe insiste em me acompanhar. Não sei se é pelo fato de ter igual hierarquia que ele, ou se ele acha que pode me comprar ou pegar informações de Astéria. Só sei que o príncipe fala sem parar e irrita qualquer ser vivo que fique pelo menos dez minutos perto dele.
Nossa caravana saiu de Grimmfall pela manha, somente com três cavaleiros da Elite Real e cinco cavaleiros de Astéria. Pra mim, já era mais que o necessário. Porem o bastardo exigiu quase uma tropa para proteger a volta ate seu reino. Felizmente meu pai não aceitou mas me deu a missão de acompanho-lo. Sinceramente, três Cavaleiros da Elite Real valem cada um por dez soldados. São altamente treinados para o combate em qualquer situação. Usa los para escoltar o maldito para mim era um desperdício de exercito.
Enfim, não satisfeito, pelo fato da caravana estar dois príncipes, ainda fui obrigado a convocar pelo menos dois Generais das tropas de Asterion. E assim começamos a jornada de volta ao reino
Cabe aqui mencionar que os dois generais que encontramos perto da cidade de Leviathan (maior porto comercial dos reinos de Asterion) são campeões dessas terras: Matheryan, the Great, Paladino Tauren dos picos gélidos de Igros; e o elfo guerreiro Ganfrindel, da Floresta Negra de Asteria. Se um Cavaleiro Real vale por dez soldados do reino, com um general de Asterion não ha como mensurar o que eles são capazes de fazer.
E assim finalmente começou a jornada.
Ate o final dos reinos de Asterion, a viagem foi tranquila, pois praticamente todos os caminhos são bem movimentados e soldados dos vários reinos aliados estavam na estrada.
Ao adentrar no Vale das Almas e no Deserto de Rohr, a situação começa a ficar perigosa. São vários forasteiros passando por ali e pessoas com caráter duvidoso como piratas e mercenários. 
Ainda avido por uma boa briga, ficava pensando quanto custaria sequestrar o príncipe de Asteria. Apesar na minha reputação não ser das melhores, fiquei boa parte do tempo pensando quanto poderia valer o meu sequestro. Logo depois me peguei rindo pois com a moral que tenho com meu pai, era mais fácil pagar para não me trazerem de volta.
Tudo isso só por causa da princesa Valkyria de Avaloth. Gracas ao meu caso com ela (e suas sacerdotisas), o Rei de Avaloth quase entrou em guerra com Asteria apos cortar todas relações comerciais. E sim, me aproveitei da situação de príncipe de Asteria e fiz um limpa nos palácios. Não podia perder a oportunidade pois elas eram lindas. Todas as três. 
E subitamente meu pensamento é interrompido pela presença de um grupo de supostos ladrões. Ao cercar nossa caravana, aparentemente não sabiam que eramos dos reinos de Asterion, apesar dos uniformes de todos Cavaleiros trazerem o brasão. Eram ladrões sem conhecimento algum do local onde estavam, provavelmente perdidos ou expulsos das terras do Leste.
Eram cerca de sete. Numero pequeno ate pra mim, imagina para os nossos generais. Para minha alegria, Mathy e Ganfrindell estavam logo atrás e não perceberam a presença dos ladrões. Ate a chegada deles no nosso grupo demorariam alguns segundos. Sendo assim eu poderia me divertir um pouco e usar minha espada, sedenta por uma boa briga.
O que me chamou atenção nos sete ladrões são que mesmo vendo dez pessoas a cavalo, sendo oito Cavaleiros armados, eles nos enfrentaram sem o minimo de medo ou precaução. 
A empolgação deu lugar a um calafrio que por muito tempo não sentia. Uma sensação de desespero, um terror que apareceu sem motivo. Um medo que só senti na Guerra contra a Legião. Apesar de não ter os mesmos dons que os paladinos tem, senti a presença de um ser não muito distante dali. 
Uma nota importante deve ser ressaltada. Os paladinos possuem uma áurea própria. Uma áurea divina que incentiva todos ao seu redor, capaz de curar e dar forcas para tropas que os acompanham. São enviados divinos, escolhidos para proteger e fazer o bem.
Você não escolhe ser Paladino. Você nasce com o dom.
É possível sentir a presença deles bem antes de estarem no local. Em contrapartida, existem os chamados emissários da morte: Os Cavaleiros Negros, com poder semelhante aos Paladinos porem com alinhamento neutro ou para o mal.
A presença que sentimos e os efeitos que nos afetaram estavam vinculados a algum Cavaleiro da Morte mas não conseguimos localiza lo.
O príncipe bastardo foi o primeiro a sentir os efeitos e começou a gritar e vomitar sem parar. Ao peitar o suporto líder dos ladrões com minha espada e o desafiei, impondo minha posição frente ao restante dos Cavaleiros. (Sempre fui a favor dos reis estarem a frente das batalhas e não escondidos em seus castelos).
O líder dos ladrões (lembrava muito um pirata apesar de não ter mar por perto) me ameaçou com sua espada colocando -a sobre a minha. Com o movimento rápido de espadas, logo o atingi no braço e depois decepei um de seus dedos. Os outros dois ao lado sacaram as espadas mas ainda consegui acerta los na garganta de um e peitoral do outro.
O líder ainda tentou atacar o bastardo que estava caído mas estávamos muito bem assessorados com os Cavaleiros do reino e não bastou dois segundos para todos os ladrões estarem no chão com pelo menos um membro a menos.
Poucos segundos depois nossos generais já estavam com a caravana, não sendo necessário nenhuma intervenção por parte deles.
Aquela sensação que outrora havíamos sentido desapareceu. Talvez pela presença de Matheryan entre o grupo tenha sobreposto qualquer áurea "evil" que por ventura estivesse no local. Mas nada me tira da cabeça que ainda estávamos sendo observados.
Seguimos rio acima, pegamos o caminho dos andarilhos e atravessamos as montanhas rumo as cavernas ígneas próximas a Lahendor.
E no meio de um inicio de uma chuva que nos acompanharia por varias horas, as gotas caindo levemente sobre as armaduras e lavando nossas laminas um tanto quanto sujas de sangue, torço para que elas lavem também nossas almas.

Acabei de mudar minha opinião sobre essa missão...


Trechos do conto: A dinastia dos Reis, Cap: A juventude de Iker.