sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Amazon Justiceira

Eu sou um colecionador compulsivo de action figures. Se tem uma peça que eu gosto, que se encaixa na minha coleção, que me faz sentir aquele friozinho na barriga de ansiedade, eu compro. Nem sempre faz sentido, nem sempre o bolso concorda, mas o coração manda e eu obedeço. E foi assim que começou minha saga com o Justiceiro War Journal 2-Pack da HASBRO, selo Marvel Legends.


A Amazon, num lapso inexplicável de bondade divina (ou erro grotesco de precificação), listou essa belezinha por um preço inacreditavelmente abaixo do mercado por algumas horas. Algo em torno de 40 a 50% menos do que os revendedores estavam pedindo. Com impostos pagos, vindo direto dos Estados Unidos. Sonho, né? Pois é, o problema dos sonhos é que às vezes eles viram pesadelos.

No grupo de colecionadores que participo, várias histórias de terror sobre compras internacionais  pipocavam. "Amazon não entrega, extravia no Brasil e não devolve o dinheiro!" diziam. "Esquece, vai perder grana!" avisavam os profetas do caos. Mas eu? Eu sou teimoso. Além disso, esse pack fazia parte de uma wave baseada em uma das minhas histórias preferidas do Justiceiro, com um visual incrível. Era peça única para minha coleção. Fora que o Justiceiro extra poderia servir para um custom de algum outro personagem. Tudo conspirava para a compra. A promoção ficou pouco tempo mas o sonho persistia.

Na verdade, eu tinha colocado em mente que não compraria por conta dos valores altos. E um belo dia, de madrugada, acordei, e por ironia do destino, olhei o celular. E entre os grupos que tenho, um deles estava brilhando: PROMO ACTION. E dava pra ver pela tela do whatszap, sem abrir a mensagem propriamente dita, estava la escrito PUNISH....

Meo Deus! Será?

Era ele, PUNISHER WAR JOURNAL 2 PACK. Fudeu, super em conta com frete e impostos pagos. Se contasse só o valor da figura, estava 3 vezes mais barato que o mercado e mesmo com impostos, ainda estava mais de 50% mais barato. A promoção voltou! 

Pronto, era o que faltava, comprei.

Felicidade tomou conta por dias pra depois surgir aquela ansiedade e medo do que poderia acontecer? Vai chegar, não vai? 

Com o passar dos dias, a entrega, para minha surpresa, estava fluindo bem. Em apenas 12 dias corridos, chegou ao Brasil. Em mais um tempo recorde, chegou à minha cidade, Uberlândia. Meu coração já batia mais forte. "É isso, deu certo!" pensei. Ilusão. No 12º dia, o status da transportadora mudou para "saiu para entrega". E foi aí que o terror começou.

Todos os dias, a Amazon e o site da transportadora (Sky Postal), atualizava: "saiu para entrega". Mas nunca chegava. Era um looping temporal infernal. Sempre saindo para entrega, mas nunca sendo entregue. Assim foi até o último dia estipulado pela própria Amazon. Um mês de espera e nada.

Passado o prazo limite, a Amazon resolveu inovar na tortura psicológica e me colocou numa situação digna do experimento do Gato de Schrödinger: "seu pedido pode chegar a qualquer momento, mas também pode ter sido extraviado". Como assim, Amazon? Ou chega, ou não chega! Eu não estava preparado para essa nova camada de incerteza existencial na minha vida.

Dez dias depois do prazo final, finalmente a Amazon confirmou que a mercadoria foi extraviada e me ofereceu o reembolso. A tristeza bateu pesado. Eu queria aquele pack, não queria o dinheiro de volta. Mas, como dizem, vida que segue.

Até que… um milagre aconteceu. Entrei no chat da Amazon para aceitar o reembolso e o atendente, em tom de surpresa, me deu uma nova atualização: "Seu pedido não foi extraviado! Ele está a caminho e será entregue ainda hoje!". O QUÊ?! Eu mal podia acreditar! Será que era o destino? A reviravolta perfeita?! A melhor das novelas mexicanas? Humilhados sendo exaltados?

Mas, como todo colecionador calejado sabe, alegria dura pouco. Eram 18hrs e nada de entregarem. No fundo, eu já sabia: não ia chegar. Mas pelo menos eu ainda tinha esperança para o dia seguinte.

E então veio a cereja do bolo: o atendente me informou que o pedido seria entregue e que ainda receberia um reembolso total, sem precisar devolver a mercadoria. Sim, você leu certo. Eu ia ganhar a action figure de graça! No mesmo dia, recebi um e-mail confirmando que o reembolso estava sendo processado e que em cinco dias o valor estaria de volta no meu cartão. 

Era o ápice da vitória! Amazon, a melhor empresa do mundo todo!
SIIMMMM, os humilhados seriam finalmente exaltados! DE VERDADE! Uhhhuuuu!

Mas não.

Não! Era bom demais pra ser verdade!

Uma semana passou sem noticias ou entregas. Duas semanas depois e contando e nada de Justiceiro. Entrei em contato novamente, já com um milhão de receios e dessa vez a resposta foi direta: "Seu reembolso está em processamento, mas infelizmente o produto realmente foi extraviado e não será entregue." Sim, o primeiro atendente me deu uma informação errada. Minha felicidade foi um erro de sistema!

Resumo da ópera? Depois de tanta expectativa, frustração e reviravoltas dignas de um thriller psicológico, fiquei sem meu Justiceiro. A peça que deveria brilhar na minha coleção virou apenas um fantasma digital, perdido em algum limbo logístico. E como se a dor não bastasse, os exemplares restantes no mercado agora ostentam preços exorbitantes, multiplicados por três ou quatro vezes o valor que paguei. Uma injustiça digna do próprio Frank Castle.

Para completar, o valor total ainda consta no limite do cartão e não houve nenhum estorno ate a publicação deste post. Porém, consta em outro email que o reembolso pode demorar ate duas faturas. 

Inocente, sigo acreditando. Espero não ter a parte 2 dessa história.

E assim seguimos, firmes, mas nem tanto.

Até breve!

terça-feira, fevereiro 25, 2025

O Expresso do Sofrimento

Viajar de ônibus é uma experiência única. Não no sentido de algo inesquecível e mágico, mas no sentido de ser um teste de resistência física e mental. Eu deveria ter suspeitado que aquela viagem não terminaria bem no momento em que entrei no ônibus e vi minha poltrona: poltrona numero 13, lado esquerdo, do lado da janela, o que significa que meu destino estava selado.

Mas tudo piorou quando minha vizinha da frente, uma jovem de cabelo colorido e múltiplos piercings, resolveu que a vida dela era um episódio de Relaxamento Extremo – O Desafio e reclinou o banco com tanta força que eu quase fui empurrado para um universo paralelo. Senti meus joelhos gritando, minhas costelas comprimidas e meu espaço pessoal reduzido ao tamanho de um envelope.

E se você acha que isso foi o pior, calma. O cheiro. Meu Deus, o cheiro. Quer dizer, se fosse cheiro tava bom. O banco dela tinha um odor que parecia uma mistura de chulé acumulado, mofo de almofada esquecida na chuva e uma pitada de “esqueci de tomar banho há uns dias”. E a cereja do bolo? A cabeça dela, a poucos centímetros do meu nariz. A cada movimento, meu ar era filtrado por aquela combinação olfativa infernal. Um spa sensorial, só que do inferno.

Minhas pernas começaram a formigar, presas entre o assento e a vontade de viver. O ônibus balançava e eu não conseguia me mexer. Tentei reclamar, tossi alto, fiz barulho, mexi no banco… nada. A moça lá, desmaiada, dormindo como se estivesse na melhor suíte de hotel do mundo. Meu único consolo era imaginar que, talvez, ela sonhasse que estava em um banho quente, porque na vida real… bom, já falamos sobre isso.

Eu comecei a pensar que minha vida estava se tornando um filme de terror psicológico. Não era mais sobre a viagem, era sobre como eu poderia sobreviver a esse minúsculo espaço sem enlouquecer. A sensação de estar preso em uma cápsula de sofrimento era tão intensa que comecei a sentir como se o ônibus fosse uma nave espacial indo direto para o abismo da minha paciência. Cada vez que ela mexia a cabeça, parecia que o tempo esticava mais e mais, e eu estava ali, naquela prisão de quatro rodas, esperando um milagre.

Era como se o universo tivesse conspirado contra mim para que eu não tivesse um segundo de paz. Eu estava tão apertado que comecei a acreditar que a moça da frente não estava realmente lá. Talvez fosse uma projeção, uma ilusão criada pelo meu corpo em agonia. Afinal, nada poderia ser real em uma realidade onde eu estava preso em um banco que parecia um meio de tortura medieval. E então, quando finalmente comecei a sentir um leve alívio, como se o ônibus estivesse desacelerando e o fim estivesse próximo, a moça acordou e olhou para o lado.

Minha torturadora piscou, coçou a cabeça e, sem perceber meu sofrimento visível, soltou um bocejo dramático, como se estivesse se preparando para levantar e ir embora de sua jornada perfeita. 

Nesse exato momento, para o desfecho digno do caos absoluto, depois de uma hora e meia de sofrimento, ela ajeitou a mochila no assento ao lado e virou para mim, com um sorriso de quem acabou de acordar de um sono reparador, e disse:
Nossa, viajei tão bem! Nem vi o tempo passar.

- Nem eu, moça. Mas foi porque eu estava ocupado tentando sobreviver.

Eu só queria paz, mas a vida tem outros planos;
Se fosse fácil, não seria comigo!
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Essas e outras crônicas você encontra aqui no blog no marcador CRONICAS.

É ótimo de ver por aqui novamente! Some não.

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sexta-feira, fevereiro 21, 2025

A Saga dos Chamados Não Resolvidos

Eu já acreditei em muitas coisas na vida. Em Papai Noel, coelho da Páscoa, na ilusão de que abrir um delivery seria fácil. Mas acreditei, acima de tudo, que um dia o iFood responderia aos meus chamados.

Ingênuo. 

Foram meses de batalha, entre 15 e 20 chamados abertos, e um retorno digno de comunicação com um buraco negro: o silêncio absoluto. Quer dizer, quase isso, porque quando responderam, foi só para negar qualquer responsabilidade. Aquele clássico: "A culpa não é nossa. Agradecemos sua compreensão." Compreensão? Eu já estava compreendendo era a chegada do Apocalipse antes de uma resposta útil.

A jornada começou com pequenos problemas na plataforma: pedidos que sumiam, entregadores que desapareciam no mapa, clientes reclamando de erros que não eram nossos. Uma vez, um cliente disse que não recebeu o pedido. O iFood analisou e concluiu que a culpa era... minha. A comida simplesmente evaporou no caminho e a lógica deles era simples: "Devolva o dinheiro". Ah, claro! Talvez eu devesse oferecer uma sessão de espiritismo para encontrar o lanche perdido.

Mas a melhor parte – se é que há algo de melhor nessa desgraça – foi a moderação das minhas respostas nas avaliações. Um cliente disse que a comida chegou fria, mesmo sabendo que o entregador demorou uma eternidade. Respondi educadamente explicando que a entrega era terceirizada. Cliente não quis nem saber, arrebentou na nota da loja e o ifood não aceitou nenhum tipo de moderação, mesmo não tendo culpa diretamente. Ifood aceitou a avaliação de bom grado. O que sobrou pra mim foi um silêncio, como se eu tivesse aceitado a culpa sem nem me defender, 20 reais de cupom que ainda passei para o cliente. Tenso.

E as respostas padrão do suporte? Ah, essas eu poderia tatuar na testa: "Estamos analisando seu caso" (mentira), "Agradecemos seu feedback" (mentira dupla) e "Aguarde que nossa equipe entrará em contato" (mentira tripla, com bônus de ironia). O cúmulo foi quando me disseram que não poderiam resolver porque "o problema não se encaixava nos nossos critérios de atendimento". Ou seja, se um pedido some no meio do caminho, o critério deles é: azar o seu.

Depois de tanto tempo insistindo, desisti. 

A cereja do bolo foi quando um cliente abriu uma reclamação dizendo que não recebeu o pedido, e o iFood, em sua infinita justiça, estornou o valor... tirando diretamente do meu bolso. Enquanto isso, o entregador, que teoricamente sumiu com a comida, continuava lá, firme e forte na plataforma, pronto para sumir com o jantar de outra pessoa. Tentei argumentar, explicar, mostrar provas, mas o suporte respondeu com um belo "sentimos muito pelo transtorno" e seguiu ignorando minha existência. Sério, se o iFood fosse um jogo, eu estaria jogando no modo impossível, sem direito a continues. Agora, quando um problema acontece, já sei que sou eu contra o mundo. Olho para a cozinha, respiro fundo e sigo em frente, porque, entre mim e o iFood, quem nunca vai me abandonar são os boletos.

Se você tem esperança de resolver um chamado no iFood, amigo... eu admiro sua fé. Mas sugiro que faça algo mais produtivo, como aprender a falar com espíritos. Porque, entre nós, a única coisa mais difícil que um chamado respondido no iFood é um fantasma mandando áudio no WhatsApp.
(Ainda vou ter coragem de contar essa historia)

E assim sigo, firme… mas nem tanto!
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Até a próxima!

terça-feira, fevereiro 18, 2025

Capitão America 4 - Analise do Filme

Capitão America 4 - Brave New World (Admirável Mundo Novo)

Confesso que não fui ao cinema assistir a esse filme. Estava totalmente desanimado com toda a repercussão e as refilmagens. Para mim, não fazia muito sentido ir ao cinema, já que o longa não prometia nenhuma grande novidade, nenhum spoiler de filmes futuros, nem aparições secretas de personagens. Além disso, sempre associei o Capitão América a Steve Rogers. Nada contra Sam Wilson ou o fato dele assumir o escudo, mas, pessoalmente, prefiro o original. Nos quadrinhos, Steve eventualmente retorna ao posto de Capitão América, mas no universo cinematográfico acredito que isso seja praticamente impossível, apesar de toda a bagunça envolvendo o Multiverso e as Guerras Secretas. Com todos esses fatores, decidi esperar pelo streaming.


Dito isso, recebi o link do filme, não me aguentei e assisti no último fim de semana. Sendo assim,  compartilho com vocês minha opinião. Esse review será bem sincero, curto, com spoilers (se é que há algo realmente surpreendente) e algumas considerações sobre a produção. Se você, caro leitor, ainda pretende assistir ao filme no cinema, recomendo parar a leitura por aqui. Repito: haverá spoilers, pois falarei sobre o enredo sem grandes restrições. Mas, como mencionei anteriormente, o filme não traz nada de realmente novo.

O filme, de forma geral, é apenas mediano. Não é uma bomba, mas também está longe de ser sensacional. É uma produção modesta. O grande destaque, sem dúvida, é Harrison Ford no papel de General Ross, que também assume a presidência dos Estados Unidos. Ele rouba a cena, especialmente em sua versão como Hulk Vermelho. A história tinha um bom potencial, mas parece que os roteiristas não souberam como concluí-la de forma satisfatória. Sinceramente, o final do filme deixa a desejar.

As cenas de luta e ação, no entanto, são bem executadas. Há uma pegada interessante de espionagem, e algumas sequências, como as batalhas aéreas contra caças, ficaram bem bacanas. Mas, no geral, o resultado final decepciona. A batalha contra o Hulk Vermelho, por exemplo, tinha tudo para ser épica, mas o desfecho foi fraco e anticlimático. Como fã desses personagens, esperava vê-los sendo melhor aproveitados e representados nas telonas. Sam Wilson, como Capitão América, merecia mais, muito mais. O roteiro começou de forma promissora, mas se perdeu no final, tornando-se incoerente em alguns momentos. Comparando com os outros filmes do Capitão, este é, sem dúvidas, o mais fraco em todos os aspectos: CGI, roteiro e desenvolvimento dos personagens.


A cena pós créditos, que poderia ao menos trazer um grande gancho ou revelação impactante, foi igualmente decepcionante. Não acrescenta nada de relevante, nenhum spoiler ou informação importante para o futuro do MCU. Basicamente, é uma conversa entre Sam Wilson e o vilão do filme, "O Líder", sobre as probabilidades do fim do mundo e a existência de múltiplos universos. Algo vago e pouco empolgante.

Esta é apenas a minha opinião, de alguém que ama esse universo e sempre espera que os filmes da Marvel sejam os melhores possíveis. Mas não tome minha palavra como definitiva. Assista ao filme e tire suas próprias conclusões. Espero, sinceramente, que você goste mais do que eu. No fim das contas, Sam Wilson merecia um filme melhor.

Abraços e até a próxima!

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sexta-feira, fevereiro 14, 2025

Precisamos falar sobre o São Paulo

Nossa primeira postagem com o novo visual do blog. E pra recomeçar, temos que falar do nosso tricolor e dessa torcida modinha que temos.

O torcedor do São Paulo anda insuportável. Qualquer coisa é motivo pra reclamar, pra cornetar, pra pedir a cabeça do técnico. E a vítima da vez é Luis Zubeldia. Parece que a galera esqueceu onde a gente estava até pouco tempo atrás.

A tal "Torcida Enzo" não tem paciência pra nada. Vivem num mundo paralelo onde o time tem que jogar como se fosse o Real Madrid do Ancelotti, com elenco de Champions League, sem errar passe, sem tropeçar em jogo fácil. Só que a realidade é outra. E mesmo assim, com um time horrível, Zubeldia pegou esse elenco meia-boca e fez um trabalho excelente.

O cara é o único técnico que só fala em Libertadores. O tempo todo. É o objetivo dele. É a obsessão dele. E isso tem que ser a obsessão do São Paulo. Quantas vezes vimos um treinador com esse foco? Ele não veio aqui pra brincar, pra fazer campanha bonita e morrer na praia. Ele quer ganhar. Já falou várias vezes que vai ser campeão, que vai buscar isso com tudo. E ainda tem torcedor reclamando.

Agora, vamos aos fatos: com um time medíocre e cheio de bagre, ele colocou o São Paulo em sexto no Brasileirão e saiu invicto da Libertadores. Quantos técnicos conseguiriam isso? O elenco ainda tem vários problemas, mas ele já conseguiu limpar muito lixo. Um monte de jogador ruim foi vendido como Rato, Juan, Wellington, Liziero, mas ainda ficaram uns como Igor Vinícius e Jandrei, que claramente não têm nível pra vestir essa camisa. Isso é culpa do técnico ou da diretoria perdida que não sabe contratar?

E falando em diretoria, a coisa não melhora. Não tem foco, não tem direção. E pra piorar, temos um Muricy que, apesar de ser ídolo, já deu. Virou um vovô ranzinza gagá que não aceita que tem um treinador melhor que ele. A rixa com o Zubeldia é evidente desde antes da chegada do técnico e a única coisa que ele quer é derrubar o cara pra botar algum amiguinho dele no comando. Só que a torcida não pode cair nessa.

Enquanto isso, os jornalistas medíocres de sempre fazem seu trabalho sujo, inflamando a torcida contra o técnico. Jogam o nome de qualquer um na roda só pra ganhar cliques e engajamento. Qualquer idiota com um microfone se sente no direito de sugerir treinador, como se houvesse uma opção melhor que o Zubeldia no mercado. Querem Tite retranqueiro? Renato Gaúcho? Pelo amor de Deus. A única coisa boa que esse último fez na vida dele foi a filha. De resto, é um fanfarrão sem gabarito.

Outra coisa: Zubeldia treina JUNTO com os jogadores. Corre, participa, ensina na prática. Isso não se vê em lugar nenhum do mundo. O cara estuda o São Paulo 24 horas por dia. Vive e respira esse time. Mas, claro, sempre vai ter torcedor reclamando de algo. É teimoso? Sim. Eu mesmo odeio quando ele bota o Luciano pra jogar de meia. O cara é pra ficar lá na frente, e não recebendo a bola e tocando pra trás. E o pior (ou melhor) Luciano faz gol toda hora, então não tem muito o que discutir. Futebol é resultado.

E por falar em resultado, a torcida pira por causa do Paulistão. Meu Deus, como é possível não enxergar que é um torneio preparatório? O que importa é a Libertadores, o Brasileirão, a Copa do Brasil. O Paulista é treino de luxo. E ainda assim, tá todo mundo capengando, tropeçando em time pequeno. É começo de temporada, ritmos diferentes, jogadores novos se adaptando. Mas não, a torcida só quer ver placar. Quer ganhar de todo mundo e ignora o trabalho que está sendo feito. 

O São Paulo precisa de estabilidade. De um treinador com mentalidade vencedora. E ele está aqui. A torcida precisa parar de agir como uma criança mimada e entender que futebol não é só resultado imediato. Zubeldia tem que ficar. Simples assim.

Zubeldia representa algo que há muito tempo faltava no São Paulo: alma, entrega e obsessão por títulos. Ele não está aqui para fazer número, para dar entrevista bonita ou jogar para a torcida. Ele quer vencer, e faz isso com paixão, com intensidade, com uma gana que reflete a grandeza do clube. O São Paulo precisa de um técnico assim, que vive o time, que entende o peso da camisa e que não se intimida com pressão. Se tem alguém que pode nos levar de volta ao topo, esse alguém é ele. 

Fica, Zubeldia!

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Não deixem de acompanhar a nova fase do blog!
Até a próxima!

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terça-feira, fevereiro 11, 2025

Grandes Astros Superman

Grandes Astros Superman 
Roteiros: Grant Morrison, 
Ilustrações: Frank Quitely, 
Arte-final e Cores Digitais: Jamie Grant

"...Se Mede Alguém Não Pelo Que Ele Diz, Mas Pelo Que Faz.!

Publicado originalmente entre 2005 e 2008, Grandes Astros Superman (ou All-Star Superman, no original) é uma das histórias mais icônicas do Homem de Aço, escrita por Grant Morrison e ilustrada por Frank Quitely. A versão que tenho em mãos foi publicada em 2012 aqui no brasil pela Panini, com capa dura, rica em detalhes e extras no final do livro.

A proposta da HQ é oferecer uma versão definitiva do Superman, uma síntese de tudo que o personagem representa, sem estar atrelada à cronologia convencional da DC Comics. O resultado é uma obra que mistura nostalgia, inovação e uma visão mitológica do herói.

O enredo parte de uma premissa simples, mas poderosa: após uma armadilha de Lex Luthor, Superman absorve uma quantidade excessiva de radiação solar, o que amplia ainda mais seus poderes, mas também o condena à morte. Com o tempo limitado, ele decide resolver todas as suas pendências e deixar um legado definitivo para a humanidade. A narrativa se estrutura em doze capítulos que funcionam quase como contos individuais, cada um trazendo desafios e momentos emblemáticos para o personagem.

A força da história está na forma como Morrison capta a essência do Superman e a apresenta de maneira quase poética. Ao invés de um enfoque convencional em batalhas e ameaças cósmicas (embora elas estejam presentes), a HQ explora o lado humano do personagem. Vemos um Superman mais reflexivo, lidando com seu destino de maneira serena e altruísta, seja ao revelar sua identidade secreta para Lois Lane e oferecer a ela um dia como uma super-heroína, seja ao enfrentar Luthor pela última vez.

Apesar de todas as suas qualidades, Grandes Astros Superman não é uma HQ perfeita. A narrativa fragmentada pode parecer desconexa em alguns momentos, e há capítulos que não são tão impactantes quanto outros. Além disso, Morrison, conhecido por seu estilo experimental, insere conceitos e personagens que podem parecer aleatórios ou difíceis de entender para leitores menos familiarizados com a mitologia do Superman. Para quem espera uma trama linear e convencional, a estrutura pode parecer confusa ou até arrastada em vários momentos.

Ao final, quando ele parte para o sol para concluir sua jornada, a sensação é de que presenciamos a despedida definitiva do herói, mas também a reafirmação de que ele sempre retornará. É uma homenagem que consegue ser ao mesmo tempo épica e intimista, respeitando o legado do personagem sem precisar reinventá-lo completamente.

Sempre defendi as histórias do Superman e admiro o trabalho de Grant Morrison, mas, sinceramente, All-Star Superman não está entre as minhas favoritas. Apesar de ser amplamente reconhecida como uma das melhores histórias do herói e oferecer uma visão definitiva do personagem, a obra não me conquistou. 

Grandes Astros Superman é uma leitura que, para muitos, pode ser vista como essencial, especialmente para os fãs mais radicais do herói. No entanto, para quem procura algo além das fórmulas típicas dos quadrinhos de super-heróis, a história oferece uma abordagem diferente, mas que pode deixar a desejar em vários aspectos. Embora não seja um trabalho perfeito, apresenta uma versão do Superman que reforça sua maior força não nos poderes, mas na sua fé inabalável na humanidade. A execução pode ser questionável, mas a ideia central tem sua importância.


Para finalizar, meu principal motivo para ter lido essa HQ foi o rumor de que o novo filme do Superman poderia se basear nela. Sinceramente, espero que isso não aconteça, pois a história apresenta uma visão distorcida da linha do tempo do herói e o coloca nos seus últimos dias de vida. Com o reboot da DC nos cinemas, é bem improvável que sequer façam referência a essa trama, já que não faz o menor sentido incorporar nem 5% dela nas telonas. 

Por enquanto é só, obrigado pela presença, é sempre ótimo te ver por aqui.
Até breve!

OBS: A titulo de citação, "Superman Paz Na Terra" é pra mim o melhor roteiro já criado para o Homem de Aço. Esse sim retrata o que o herói representa.

sexta-feira, fevereiro 07, 2025

Analise do livro: O Pequeno Principe

 O Pequeno Principe - Antoine Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, é muito mais do que um simples livro infantil. É uma jornada emocional que nos faz refletir sobre amizade, amor e o que realmente importa na vida. A edição que possuo é especial: capa de camurça macia, detalhes delicados e ilustrações que parecem ganhar vida a cada página. Essa versão transforma a leitura em uma experiência ainda mais mágica. Pura nostalgia!

Publicado originalmente em 1943, "O Pequeno Príncipe" nos apresenta um piloto que, ao cair no deserto do Saara, encontra um pequeno garoto vindo de um planeta distante. A narrativa, repleta de diálogos poéticos, nos convida a enxergar o mundo pelos olhos desse príncipe curioso, que questiona tudo e todos. A partir dessas conversas, percebemos como as coisas simples, como cuidar de uma rosa ou observar o pôr do sol, carregam uma profundidade que muitos adultos esquecem com o tempo.

Uma das frases mais marcantes, e que se tornou um mantra para muitos leitores, é: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” Essa citação resume o espírito do livro. Somos lembrados de que as conexões humanas, o cuidado e o amor não podem ser medidos ou vistos, mas sentidos.

O livro aborda temas universais que nos tocam independentemente da idade. O Pequeno Príncipe reflete sobre a solidão dos adultos, a perda da imaginação e o apego às coisas materiais. A relação do príncipe com sua rosa – vaidosa, exigente, mas amada por ele acima de tudo – é uma metáfora sobre como o amor exige paciência e dedicação.

Cada personagem encontrado ao longo da jornada, como o rei, o vaidoso, o homem de negócios e o geógrafo, simboliza aspectos da humanidade. Esses encontros são como espelhos, que nos mostram nossas próprias prioridades e escolhas na vida. Quem de nós nunca se perdeu nas "tarefas importantes", esquecendo-se de apreciar a beleza do momento presente?

A edição que tenho em mãos, com sua textura especial e riqueza visual, torna-se quase um objeto de contemplação, como se fosse uma obra de arte além das palavras. Os desenhos originais do autor, presentes em todas as edições, são simples, mas carregados de significados que completam a narrativa.

Ler "O Pequeno Príncipe" não é apenas revisitar um clássico; é reconectar-se com as emoções mais puras e refletir sobre as coisas que realmente importam. Apesar de ser um livro infantil, a obra apresenta certa profundidade. Ela fala da dificuldade que os adultos têm de viver com simplicidade e da capacidade das crianças de enxergarem a realidade sem preconceitos. Ao terminar, fica a sensação de que este pequeno grande livro sempre terá algo novo a nos ensinar e que há sempre algo novo para aprender com o príncipe de cabelos dourados.


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Obrigado pela companhia, é ótimo te ver por aqui!

Te vejo em breve, Tchau!

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terça-feira, fevereiro 04, 2025

Trailer do Filme Fantastic Four

Não costumo comentar sobre trailers aqui no blog, mas esse não teve como deixar passar. O filme foi anunciado ano passado e as expectativas só vem crescendo.

Intitulado "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos", está programado para estrear em 25 de julho de 2025. Esta produção introduzirá a Primeira Família da Marvel no Universo Cinematográfico Marvel (MCU).O elenco principal conta com Pedro Pascal como Reed Richards/Senhor Fantástico, Vanessa Kirby como Sue Storm/Mulher Invisível, Joseph Quinn como Johnny Storm/Tocha Humana e Ebon Moss-Bachrach como Ben Grimm/O Coisa. A direção está a cargo de Matt Shakman, conhecido por seu trabalho em "WandaVision". Com um elenco talentoso e uma abordagem inovadora, as expectativas para "Quarteto Fantástico: Primeiros Passos" são altas entre os fãs do MCU

Enquanto escrevo esta matéria, estou acompanhando o lançamento do trailer. marcado para as 9h desta terça-feira, 4 de fevereiro, o vídeo começou com uma abordagem inspirada no lançamento de um foguete, incluindo um contador regressivo e uma transmissão ao vivo no melhor estilo NASA. Durante uma hora, o canal da Marvel no YouTube exibiu essa contagem regressiva, intercalando imagens dos equipamentos dos astronautas e do local de lançamento.

O marketing em cima do filme, me perdoem o trocadilho, é realmente FANTASTICO. Acho que agora a primeira família do universo Marvel será bem representada com o lançamento desse filme. Após uma hora e o fim da contagem de lançamento, começa uma live com uma host em um galpão com um foguete de fundo e vários fãs acompanhando. Durante essa live, trouxeram os quatro principais atores do filme para serem entrevistados, algo que realmente ninguém esperava. Até hoje, não me lembro de nada parecido para um lançamento de um trailer e transmitido dessa forma via streaming. Ponto pra Marvel/Disney.

Depois de muita expectativa e um show de marketing, o trailer finalmente foi revelado! Embora não tenha entregado tantos detalhes, mostrou o essencial para empolgar os fãs. O clima retro futurista ficou evidente, com os quatro membros do Quarteto Fantástico em ação e um breve, mas impactante, vislumbre da chegada de Galactus à Terra. A estética promete algo diferente do que já vimos no MCU, e a atmosfera grandiosa sugere que essa versão da Primeira Família da Marvel pode finalmente fazer jus ao seu nome.

Abaixo, algumas cenas que tirei do trailer:






É isso! Obrigado por nos acompanhar. Voce pode assistir o trailer oficial no YouTube da Marvel ou em nosso Instagram: @multiversodokaka

Até a próxima!

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