A jornada começou com pequenos problemas na plataforma: pedidos que sumiam, entregadores que desapareciam no mapa, clientes reclamando de erros que não eram nossos. Uma vez, um cliente disse que não recebeu o pedido. O iFood analisou e concluiu que a culpa era... minha. A comida simplesmente evaporou no caminho e a lógica deles era simples: "Devolva o dinheiro". Ah, claro! Talvez eu devesse oferecer uma sessão de espiritismo para encontrar o lanche perdido.
Mas a melhor parte – se é que há algo de melhor nessa desgraça – foi a moderação das minhas respostas nas avaliações. Um cliente disse que a comida chegou fria, mesmo sabendo que o entregador demorou uma eternidade. Respondi educadamente explicando que a entrega era terceirizada. Cliente não quis nem saber, arrebentou na nota da loja e o ifood não aceitou nenhum tipo de moderação, mesmo não tendo culpa diretamente. Ifood aceitou a avaliação de bom grado. O que sobrou pra mim foi um silêncio, como se eu tivesse aceitado a culpa sem nem me defender, 20 reais de cupom que ainda passei para o cliente. Tenso.
E as respostas padrão do suporte? Ah, essas eu poderia tatuar na testa: "Estamos analisando seu caso" (mentira), "Agradecemos seu feedback" (mentira dupla) e "Aguarde que nossa equipe entrará em contato" (mentira tripla, com bônus de ironia). O cúmulo foi quando me disseram que não poderiam resolver porque "o problema não se encaixava nos nossos critérios de atendimento". Ou seja, se um pedido some no meio do caminho, o critério deles é: azar o seu.
Depois de tanto tempo insistindo, desisti.
A cereja do bolo foi quando um cliente abriu uma reclamação dizendo que não recebeu o pedido, e o iFood, em sua infinita justiça, estornou o valor... tirando diretamente do meu bolso. Enquanto isso, o entregador, que teoricamente sumiu com a comida, continuava lá, firme e forte na plataforma, pronto para sumir com o jantar de outra pessoa. Tentei argumentar, explicar, mostrar provas, mas o suporte respondeu com um belo "sentimos muito pelo transtorno" e seguiu ignorando minha existência. Sério, se o iFood fosse um jogo, eu estaria jogando no modo impossível, sem direito a continues. Agora, quando um problema acontece, já sei que sou eu contra o mundo. Olho para a cozinha, respiro fundo e sigo em frente, porque, entre mim e o iFood, quem nunca vai me abandonar são os boletos.
E assim sigo, firme… mas nem tanto!
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Até a próxima!
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