O que chama a atenção de imediato é o visual. Gravado em circuitos reais, com carros adaptados especialmente para as filmagens e câmeras montadas em pontos inéditos, o filme entrega uma experiência que funciona muito bem. A fotografia coloca o espectador dentro do cockpit e a trilha sonora de Hans Zimmer costura a emoção das corridas com a intensidade da história, criando aquele clima de adrenalina que não deixa a sala em silêncio.
A atuação de Pitt é carismática como sempre, sustentando a ideia do herói veterano que retorna ao jogo. Há momentos de rivalidade, cumplicidade e até humor entre ele e o jovem pupilo, numa dinâmica que reforça ainda mais a semelhança com Top Gun. É o típico blockbuster de verão: divertido, acelerado e com coração no lugar certo.
Por outro lado, o roteiro não arrisca muito. A narrativa é previsível e cumpre a função de guiar o espetáculo, sem aprofundar tanto nos dramas pessoais ou no lado mais cru da Fórmula 1. O foco está no entretenimento, e nisso o filme não falha. Para quem gosta de corrida, de ação ou simplesmente de assistir a Brad Pitt vivendo um papel feito sob medida para ele, F1: The Movie entrega o que promete, velocidade, emoção e aquele gostinho de querer ver mais e escutar os roncos dos motores.

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