segunda-feira, julho 08, 2024

Terapia Vol.3

Terceira Sessão com meu psicólogo particular, Dr, Malcolm, na primeira quinta feira do mes.

Doutor: Boa tarde, tempos que não vem aqui hein? Como está?

Kaká: Tarde Doutor, Realmente tem tempo sem passar por aqui. Não achei que precisaria voltar, mas voltei.

Doutor: Então, Kaká, o que te traz aqui hoje?

Kaká: Ah, doutor, por onde começo? Acho que vou precisar de um prato de macarrão para digerir tudo isso.

Doutor: Macarrão? Você está falando da sua empresa de delivery, a Mister Chef?

Kaká: Exato! Parece que minha vida virou uma tigela de espaguete, tudo enrolado e difícil de separar.

Doutor: Vamos desenrolar isso. Como estão as coisas com a Mister Chef?

Kaká: Honestamente? Estou me sentindo como um macarrão passado do ponto. Sobrecarregado e mole.

Doutor: E por que você acha que está assim?

Kaká: Bom, o trabalho está uma loucura. Estou sempre correndo contra o relógio para entregar os pedidos. E quando finalmente acabo, me sinto exausto, como se tivesse corrido uma maratona com uma tigela de fettuccine na mão.

Doutor: (Rindo) Isso soa cansativo. E o que está te deixando mais ansioso nesse processo?

Kaká: É a pressão para manter tudo funcionando perfeitamente. Se uma entrega atrasa, os clientes reclamam. É como se eu estivesse jogando um jogo de "não deixe cair o prato", mas com macarrão de verdade. Fora a cobrança pessoal.

Doutor: Entendo. E como isso está afetando sua autoestima?

Kaká: Bom, sabe quando o molho desanda e fica todo empelotado? É assim que me sinto às vezes. Como se eu fosse o molho que não consegue se misturar bem com o macarrão.

Doutor: Isso parece complicado. E como estão as coisas no departamento dos relacionamentos?

Kaká: Ah, doutor, aí a coisa engrossa. Recentemente terminamos o relacionamento e sinto como se meu coração fosse um ravioli, meio vazio por dentro.

Doutor: E como você está lidando com isso?

Kaká: Estou tentando me distrair com o trabalho, mas às vezes a saudade bate forte, como uma colher de macarrão grudado na panela.

Doutor: Talvez você precise de um descanso, um tempo para recarregar as energias.

Kaká: Ah, se fosse tão fácil! Toda vez que tento relaxar, me sinto culpado. A voz na minha cabeça começa a gritar: “Tem pedidos para entregar, moleque!” É como se eu estivesse numa corrida interminável contra o tempo.

Doutor: Parece que você está levando muita pressão para si mesmo. E a ansiedade, como anda?

Kaká: Andando a mil por hora, doutor. É como se eu estivesse cozinhando em fogo alto o tempo todo. Sinto que vou transbordar a qualquer momento.

Doutor: (Sorrindo) Talvez você precise baixar um pouco a temperatura. Encontrar maneiras de desacelerar e cuidar de você mesmo.

Kaká: Eu tento, mas é difícil. Sinto que, se eu parar, tudo vai desmoronar, principalmente por conta do financeiro. É como aquele medo de tirar a tampa da panela e tudo espirrar na cozinha.

Doutor: Talvez você precise começar com pequenas mudanças. Um pouco de auto-cuidado pode fazer uma grande diferença.

Kaká: Tipo me permitir uma pausa para ir ao clube em um turno e outro?

Doutor: Exatamente. Pequenos momentos de prazer podem ajudar a aliviar o estresse. E falando em prazer, tem algo que você ainda gosta de fazer fora do trabalho?

Kaká: Eu costumava caminhar, ouvir musica, ler, e até cozinhar só por diversão, mas agora parece mais uma tarefa do que um hobby.

Doutor: Talvez seja hora de redescobrir esse prazer. Cozinhar algo apenas para você, sem pressão, pode ser uma boa maneira de relaxar. Voltar aos pequenos prazeres, sentar, ler alguma coisa, ouvir ou assistir alguma serie.

Kaká: Você está certo. Talvez eu deva tentar. Quem sabe não descubro uma nova paixão, um filme que distraia, uma serie que me faça sentir melhor.

Doutor: Isso parece uma ótima ideia. E lembra-se, Kaká, é importante cuidar de você mesmo tanto quanto dos seus clientes.

Kaká: Vou tentar. E quem sabe, na próxima sessão, eu não traga uma caixinha de macarrão para a gente compartilhar e discutir como isso está funcionando?

Doutor: Combinado! Mal posso esperar para ver os resultados. E lembre-se, Kaká, a vida é como um prato de macarrão – pode ser um pouco confusa, mas, no final, sempre há algo delicioso para saborear.

Kaká: Obrigado, doutor. Acho que vou me lembrar disso da próxima vez que estiver enrolado.

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