quinta-feira, agosto 07, 2025

Loja Multiverso do Kaka

LOJA MULTIVERSO DO KAKA

Abrimos a Loja do Multiverso do Kaka!

Pois é galera, chegou a hora de dar tchau pra alguns itens da minha coleção. Mas calma, não é drama  é oportunidade!

Depois de anos acumulando Funkos, action figures e outras preciosidades nerds (e alguns exageros impulsivos em pré-vendas que nem chegaram a sair da caixa), decidi abrir espaço nas prateleiras e lançar a Loja do Multiverso do Kaka.

Sim, agora o blog tem uma extensão comercial! Um cantinho onde estou vendendo colecionáveis usados em ótimo estado, a maioria com caixa, e com aquele preço camarada que todo nerd raiz respeita. Nada de superfaturamento. É tudo feito por mim, com envio rápido, carinho e (claro) aquele toque de caoticidade que só o Multiverso tem.

A loja já está no ar e aos poucos vou cadastrando novos itens, então vale a pena ficar de olho, porque tem coisa rara vindo aí.

Se você curte cultura pop, quer completar a coleção ou simplesmente dar uma força pro trampo independente, cola lá:

loja.multiversodokaka.com.br

E ah, se tiver alguma dúvida, pode me chamar direto no Insta ou pelo contato do blog.

Valeu por sempre apoiar esse multiverso doido que construímos juntos!


quarta-feira, agosto 06, 2025

Jurassic World Rebirth


Só hoje assisti Jurassic World Rebirth, mais de um mes depois do lançamento oficial. Ou foi por falta de tempo ou falta de interesse também, dei prioridade ao Superman e Quarteto Fantástico, e ir sempre ao cinema, mesmo pagando meia, tá complicado quando o ingresso esta mais de 60 reais, fora estacionamento. 

Jurassic World Rebirth tenta reviver o espírito da franquia com uma nova roupagem, efeitos visuais de ponta e monstros ainda mais absurdos. Mas, no meio de dinossauros mutantes, turistas perdidos e vilões ruins, quem realmente salva o filme do desastre completo é Scarlett Johansson. Se não fosse por ela, seria só mais uma sequência esquecível entre tantas.

A história se passa anos depois de Dominion, numa realidade em que os dinossauros sobrevivem isolados em regiões remotas. Um grupo é enviado a uma ilha para coletar sangue de espécies específicas com a desculpa de criar uma cura para doenças cardíacas, um pretexto científico meio furado que ninguém engole, mas que serve para colocar os personagens no meio do caos. Claro que tudo dá errado, como manda o manual da franquia e o que era uma missão controlada se torna uma luta desesperada pela sobrevivência. E nisso incluímos um passeio caótico de barco, emboscadas na floresta e a ameaça de novas aberrações genéticas, como um Rex estranho, um monstro tão caricato que parece ter saído direto de um jogo de videogame ou melhor de uma franquia Alien pois ele tem uma testa gigante e é bem feio.

O filme tem direção de Gareth Edwards, que já mostrou talento em blockbusters como “Godzilla”, e aqui repete o bom uso da escala e do suspense visual. Algumas cenas realmente impressionam especialmente as sequências aquáticas e as tomadas noturnas, com uma fotografia que remete ao estilo clássico de Spielberg. A trilha sonora original também está lá com temas originais de John Williams. Só que nada disso segura o filme quando o roteiro insiste em andar em círculos e repete fórmulas desgastadas da saga. A narrativa parece ter medo de ousar e volta sempre para a mesma estrutura: grupo isolado, ameaça crescente, dinossauros descontrolados e uma grande fuga final. É simplesmente mais do mesmo e você chega no final do filme e não sabe qual deles está vendo porque simplesmente é igual aos outros.

E é aí que entra Scarlett. Interpretando Zora, uma bióloga cética e determinada, ela entrega uma atuação que eleva o nível de todo o elenco e isso não é exagero. Cada cena dela traz uma presença magnética que falta aos demais. Enquanto os outros personagens parecem correr de um lado para o outro apenas cumprindo tabela, Johansson injeta humanidade, dor, sarcasmo e tensão real em suas falas. Quando o filme tenta se perder no meio dos rugidos e explosões, é ela quem puxa o espectador de volta para a tela. Sua personagem até tem momentos de ação, mas o que realmente impressiona é o quanto ela consegue segurar o drama com os olhos e um simples silêncio. É um tipo de atuação que não se espera de um blockbuster de dinossauros e talvez por isso funcione tão bem.

Mahershala Ali e Jonathan Bailey têm seus momentos, mas estão presos a personagens mal desenvolvidos. O roteiro não dá muito espaço para que cresçam, e eles acabam ofuscados, mesmo com talento de sobra. Já o vilão é o estereótipo do executivo ganancioso e sem alma, daqueles que a gente já viu mil vezes e até cansa. Sempre fica clichê demais isso, parece que estamos vendo o mesmo filme varias vezes e no final, o vilão sempre é devorado. Os civis perdidos na ilha também não ajudam, são caricaturas de “família em apuros” que mal justificam o tempo de tela. Bem fraco mesmo.


Antes de finalizar, não podia deixar de mencionar essa parte do filme. Mesmo com tantos dinossauros novos, mutações bizarras e monstros inventados em laboratório, nada supera o impacto que o velho e conhecido T-Rex ainda causa. Ele aparece pouco, quase como uma lenda viva, mas rouba a cena com facilidade. Surgindo do nada e com seu clássico rugido que arrepia até quem já viu isso mil vezes em poucos minutos, o T-Rex lembra a todos por que ele sempre foi o verdadeiro rei do parque e entrega a melhor sequência do filme. É uma participação rápida, mas poderosa o suficiente para deixar a sensação de que a franquia não precise inventar tanto quando já tem um ícone desse calibre no elenco.

No final, Jurassic World Rebirth não é um completo desastre, mas também está longe de ser o renascimento prometido. Tem bons momentos visuais, cenas de ação divertidas e um clima nostálgico que pode agradar aos fãs mais fiéis. Mas sinceramente, falta coragem narrativa e sobra fórmula reciclada. O saldo só não é mais negativo porque Scarlett Johansson entrega uma performance tão acima da média que parece ter vindo de outro filme. Se a Universal quiser mesmo recomeçar a franquia, talvez o segredo não esteja em dinossauros maiores ou mutações mais bizarras mas em personagens que realmente importem, como o de Zora. E, de preferência, com Scarlett no comando. A gente agradece e por favor tragam a Bryce Dallas e coloquem junto com a Scarlett. 

Até a próxima!

quarta-feira, julho 23, 2025

Quarteto Fantastico Primeiros Passos

Assisti à pré-venda de Quarteto Fantástico hoje e agora vamos para uma mega análise do filme. Infelizmente, não vai dar pra evitar os spoilers, então se você não viu o filme e pretende assistir, pare de ler agora.


Começo dizendo, como é bom assistir a um filme de super-heróis de verdade. Depois de tantos filmes ruins, fracos e outros apenas medianos da Marvel, Quarteto Fantástico veio pra quebrar essa sequência. Que filme gostoso de assistir! Divertido, emocionante, direto ao ponto. Sem enrolação. Ele traz as melhores características dos personagens, com diálogos cativantes, ação na medida certa e um enredo que se desenrola com agilidade, sem parecer apressado ou superficial. Tudo se encaixa tão bem que você até esquece que um dia existiu Capitão América 4.

Logo de cara, os quatro fantásticos são apresentados num estilo de resumo televisivo, mostrando seus primeiros anos de ação, enfrentando vários vilões clássicos das HQs, como o Homem Toupeira, entre outros nomes saídos direto das páginas mais psicodélicas da Marvel. É uma bela homenagem à fase Jack Kirby.

A história começa a ganhar peso quando Susan Storm descobre que está grávida, o que deixa Reed Richards completamente desorientado. E antes que o grupo possa sequer lidar com isso, surge a Surfista Prateada, desta vez, uma mulher, Shalla-Bal, avisando que a Terra está prestes a ser destruída por Galactus.

É aí que o filme ganha níveis extraordinários.

O Quarteto viaja até a imensa nave de Galactus para confrontá-lo mostrando uma tecnologia fora do comum. Lá, Sue já está com a gravidez avançada e Galactus revela que está interessado no bebê, afirmando que a criança, Franklin Richards, é tão poderosa que poderá saciar sua fome eterna e até substituí-lo como novo devorador de mundos.

Galactus tenta barganhar a segurança da Terra em troca do bebê. (Ele nem nasceu ainda...)

A cena é tensa. O Quarteto recusa e foge, voltando para a Terra com a missão fracassada. E como era de se esperar, a população começa a pressioná-los para que entreguem o bebê e salvem o planeta. Mas não. Eles decidem lutar. Montam um plano para atrair Galactus para uma armadilha.

Nesse momento, o filme mostra o verdadeiro valor do trabalho em equipe e da confiança familiar. É Johnny Storm quem consegue convencer a Surfista Prateada a mudar de lado no final do filme e ela, num arco rápido mas impactante, decide ajudar o Quarteto a salvar o mundo.

O embate final é visualmente espetacular, digno de cinema. E quando tudo parece perdido, Susan Storm mostra que é, provavelmente uma das super heroínas mais fortes já apresentada nos filmes ate agora, pois ela peita Galactus na fúria. Claro, o que uma mãe faz pra proteger seu filho né, mas te falo, foi um confronto surreal. No final, ainda temos um deslumbre do que o bebe Frankilm será capaz de fazer, pois ele salva sua mãe de uma forma misteriosa e não explicada. Um ato silencioso e poderoso, que planta as sementes para o que virá.

Sobre as cenas pos créditos, são duas. Mostra pouca coisa mas finalmente estamos vendo um deslumbre do grande vilão dessa saga Multiversal. Podemos ver Sue, indo ate a sala onde esta Frankilm, agora com 4 anos e assistimos o bebe rindo para uma pessoa com capuz verde e mascara metálica na mão. É a primeira vez, oficialmente, que Dr. Doom aparece no MCU. Não é possível ver seu rosto, pois esta de frente pra o garoto e de costa pra câmera, porem, já da pra imaginar muita coisa.

A segunda cena, é apenas um mini trailer do desenho do quarteto fantástico, aquele super antigo. Não agrega nada a historia, mas mantém o tom nostálgico do filme e funciona como um tributo.

Resumindo: Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é um filme sobre família, união e propósito. Um dos melhores filmes já feitos ultimamente pela Marvel. O clima retrô futurista é sensacional, a direção de arte é linda, e o roteiro consegue equilibrar ação, emoção e humor sem forçar a barra. Não espere multiverso, não espere participações especiais. O filme é sobre o Quarteto e ponto. Como se tivesse saído diretamente das páginas das HQs, com ritmo ágil, lutas intensas e um vilão à altura.

É o tipo de produção que mostra que a Marvel ainda sabe fazer cinema de herói com alma. Agora é torcer pra que não percam a mão na sequência pois Dr. Doom vem ai e esses dois filmes dos Vingadores prometem muito. Acredito que será épico.


segunda-feira, julho 21, 2025

Quarteto Fantastico

Eles foram os primeiros, antes mesmo dos Vingadores, X-Men ou do Homem-Aranha, a Marvel moderna nasceu com o Quarteto Fantástico. Criados por Stan Lee e Jack Kirby em 1961, eles não eram apenas super-heróis com poderes incríveis, eram uma família, com todas as imperfeições, brigas, piadas internas e laços inquebráveis que isso implica. O sucesso da equipe foi tão grande que marcou o início da chamada "Era de Prata" dos quadrinhos, uma fase em que os personagens deixaram de ser apenas fantasias ambulantes e passaram a ter dilemas reais, sentimentos e personalidades complexas.

A origem do Quarteto é bem especifica. Uma expedição ao espaço para estudar raios cósmicos dá errado e transforma quatro pessoas comuns em algo extraordinário. Reed Richards, o cientista brilhante e ambicioso, ganha a habilidade de esticar seu corpo como borracha, simbolizando sua mente elástica e visão de futuro. Sua namorada, depois esposa, Susan Storm se torna a Mulher Invisível, capaz de desaparecer e gerar campos de força. Seu irmão, Johnny Storm, se transforma no Tocha Humana, um adolescente impulsivo que literalmente pega fogo, voa e solta labaredas. E o melhor amigo de Reed, Ben Grimm, vira o Coisa, uma criatura de pedra com força sobre-humana e um coração sensível escondido sob toneladas de sarcasmo e dor existencial.

Mas o que sempre diferenciou o Quarteto dos outros heróis foi o tom de suas histórias. Eles não usavam máscaras, não tinham identidades secretas e, em vez de patrulharem a cidade à noite, enfrentavam ameaças cósmicas, exploravam dimensões paralelas e brigavam como uma verdadeira família disfuncional. O prédio deles, o Edifício Baxter, era tanto uma base científica quanto um lar. Entre um ataque do Doutor Destino e uma viagem à Zona Negativa, havia espaço para discussões sobre contas de luz, paixões mal resolvidas e piadas infames do Johnny para cima do Ben.

E falando em vilões, o Quarteto teve alguns dos mais emblemáticos da Marvel. O Doutor Destino é provavelmente o maior deles. Um ditador, cientista, mago e narcisista que considera Reed Richards seu eterno rival. Há também Galactus, o devorador de mundos, e seu arauto, o Surfista Prateado, que começa como inimigo mas se torna um dos personagens mais poéticos e trágicos do universo Marvel. Outros como o Homem-Toupeira, Annihilus, Super Skrull e até os Skrulls como raça inimiga desafiaram o Quarteto em batalhas que misturam ciência, filosofia e muita porrada interdimensional.

No cinema, no entanto, a história foi menos épica. O Quarteto Fantástico teve três adaptações principais até agora: os dois filmes lançados em 2005 e 2007, com um clima mais leve e um Doutor Destino bem aquém do que ele merece; e o infame reboot de 2015, sombrio, confuso e mal resolvido. Nenhum deles conseguiu capturar a essência grandiosa, científica e familiar dos quadrinhos. Mas a esperança se renovou com o anúncio da Marvel Studios, uma nova versão vem aí, prometendo finalmente fazer jus ao legado dessa equipe que começou tudo.

O Quarteto Fantástico é mais do que superpoderes, eles são exploradores, cientistas, irmãos, um casal apaixonado, um monstro gentil. E acima de tudo, são o coração da Marvel. Porque no fim das contas, antes de qualquer batalha cósmica ou viagem no tempo, o que move o Quarteto é aquilo que move todos nós, a tentativa de encontrar nosso lugar no universo mesmo que ele esteja cheio de ameaças alienígenas e vilões com armaduras metálicas.

Quarteto Fantastico estreia dia 24 de julho nos cinemas. Já garanti minha pré dia 23. Em breve, resenha do filme.

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sábado, julho 19, 2025

Queria ser igual ao Indiana Jones

Às vezes eu paro e penso: onde foi que eu errei

Estudei ciências sociais, mergulhei nos mistérios da antropologia, aprendi a decifrar comportamentos humanos, sistemas de poder, estruturas sociais e mesmo assim, nunca precisei fugir de uma pedra gigante rolando atrás de mim.

A verdade é que, no fundo, bem lá no fundo, eu queria ser o Indiana Jones.

Sério. Acordar de manhã, jogar um chapéu fedora na cabeça, colocar uma camisa de linho amarrotada, pegar o chicote (que eu não saberia usar sem arrancar a própria orelha), e sair por aí desvendando templos antigos. Seria o auge da minha carreira acadêmica. Imagina eu, cientista social, antropólogo nato, escapando de armadilhas mortais enquanto explico a dialética hegeliana pra uma estátua asteca. Uma mistura de Gilberto Freyre com Tomb Raider.

Mas a realidade é que, em vez de ruínas sagradas, o que eu encontrei foram reuniões de departamento, fichamentos intermináveis e discussões acaloradas sobre o conceito de “cultura” com gente imbecil que acha que Foucault é verbo. Ao invés de correr de tribos hostis, corri de prazos de entrega. Ao invés de artefatos místicos, achei relatorios que ninguem lê. E, como se não bastasse, ainda tive que aprender a explicar o que é democracia num Brasil no qual bolsonarista acha que ditadura foi “ordem e progresso” e acha que Karl Marx é nome de banda de rock comunista.

E o pior, nunca, jamais, encontrei um tesouro escondido. O máximo que descobri foi um pacote de bolacha esquecido no fundo da gaveta do guarda roupa. (Estava aberto. E sim, eu comi.)

A verdade é que ser Indiana Jones exige coragem. Mas ser cientista social também. Afinal, a gente encara discursos absurdos todos os dias, entra em debates tóxicos no Twitter, tenta explicar o que é mais-valia pra gente que acha que Marx era jogador da seleção alemã e ainda ouve bolsonarista chamando o governo atual de “extrema esquerda”, como se o Brasil tivesse virado uma comuna soviética só porque tem arroz no prato e vacina no posto.

Mas olha só, ainda dá tempo. Vai que aparece uma ONG doidona precisando de alguém pra fazer trabalho de campo em alguma civilização perdida na floresta amazônica, com uma equipe maluca e um helicóptero velho. Eu topo. Só me avisem com antecedência que eu levo repelente e uma muda de roupa extra. Porque glamour é legal, mas pernilongo não perdoa nem herói de ação.

Enquanto isso, sigo aqui. Entre um post e outro nesse blog, com o chicote invisível da crítica social na mão e o chapéu imaginário do escapismo cultural na cabeça. Porque no fim das contas, todo cientista social tem um pouquinho de Indiana Jones. A gente só troca a selva por textos no Multiverso do Kaka e os templos antigos por comentários que perguntam se “ciência social dá dinheiro”.

Mas o espírito? Ah, esse continua aventureiro. Ou não.


quarta-feira, julho 16, 2025

Feitos do Novo Superman

Os Feitos do Novo Superman no Cinema

O novo Superman finalmente chegou às telas e sinceramente? Se alguém ainda ousar chamá-lo de "fraco", só pode estar vendo o filme errado ou não entendeu nada. Vários críticos e nerdolas de plantão estão detonando o filme enquanto outros estão elogiando e pegando justamente nesse adjetivo, do Superman ser fraco perto dos antecessores. Na minha opinião, esse Superman não é apenas mais um herói em colante vermelho. É, literalmente, o ser mais poderoso da Terra. E o longa fez questão de deixar isso muito claro. Spoilers a seguir, caso não tenham visto o filme ainda.

Logo de cara, somos apresentados a um Superman em seu auge: três anos de carreira e nenhuma derrota no currículo. Isso mesmo. Nenhuma. Até que surge o Ultraman,  que depois descobrimos que é um clone seu, criado na base da maldade e aí sim acontece sua primeira queda. Mas convenhamos, se até sua derrota é contra você mesmo, ainda assim, você continua invicto contra o resto do mundo.

No filme, a grandiosidade do Superman não é uma opinião, é um fato reconhecido em rede nacional. Vimos noticiários, análises científicas e especialistas do governo declarando, sem rodeios, que ele é o meta-humano mais poderoso do planeta. Não há debate, não há concorrência. O mundo inteiro sabe quem ele é e do que é capaz

E o que dizer dos feitos que ele realiza durante o filme? Esse Superman nada em um rio de antimatéria enquanto está enfraquecido por kryptonita. Sim, ANTIMATÉRIA. Um cenário que deveria desintegrar qualquer coisa viva. Mas ele sai como se fosse um banho de cachoeira.

Ainda debilitado, ele escapa da força gravitacional de um buraco negro com o super sopro. Não é força física, não é tecnologia, é um sopro. Enquanto a ciência tenta entender como isso é possível, a resposta já está dada. É o Superman.

A Engenheira, vilã "tecno-mística" que comanda nano robôs letais, infecta o rosto e pulmões do Super. E ele resiste. Depois, ela e o Ultraman são levados ao espaço, carregados por ele como peso morto. Nenhum dos dois consegue sequer arranhar o azulão durante o trajeto.

E não para por aí. A Engenheira, tão temida por outros heróis, é nocauteada duas vezes por ele como se fosse só mais uma terça-feira. E o Ultraman? Ele é jogado de volta no buraco negro por Superman. Se sobreviveu ou não, ninguém sabe. Mas a surra foi entregue com frete grátis.

Lex Luthor achou que milhares de Raptors armadurados seriam o suficiente. Spoiler: não foram. O Superman derrotou TODOS em questão de segundos, sem suar a capa. E o detalhe mais bonito disso tudo, nenhuma vida foi perdida, nenhum civil, nenhum animal, ninguém morreu. O cara literalmente salvou todos enquanto lutava contra clones, inteligências artificiais e física quântica.

O novo Superman não está só mais forte. Ele está em outro nível. É o ápice da esperança, da força e da responsabilidade. E se depois de ver tudo isso, alguém ainda disser que ele é fraco, sinceramente? Melhor largar o cinema e voltar pro Looney Tunes.

quinta-feira, julho 10, 2025

Superman - Analise do novo filme

 SUPERMAN 2025


Bem-vindo ao novo DCU. James Gunn repagina o herói e mostra sua essência em um filme cheio de ação com roteiro simples, sem enrolação e direto ao ponto. Aqui não vemos nada de origem de Superman, pais morrendo em acidentes ou um jovem descobrindo seus poderes. James Gunn não quer saber de introduções cansativas, simplesmente o filme começa na ação. É tudo muito acelerado.

James Gunn foi responsável por fazer quatro dos melhores longas deste tipo nos últimos 10 anos. Ele não quer gastar tempo com origens e apresentações de nenhum personagem. Você sabe o que veio assistir então ele entrega o que viemos buscar que é pancadaria, coração e um novo começo para o universo DC.

O filme mostra um Superman mais humano, provavelmente o mais humano de todos os outros filmes do herói. Apesar de ser um Deus, Clark Kent se mostra vulnerável,  admite que tem falhas, erros e falta de confiança como qualquer ser humano. Enquanto todos os outros filmes mostram um super perfeito, esse faz questão de demonstrar que tem falhas, mudanças de humor, inclusive age na impulsividade e perde o controle de suas emoções como qualquer ser humano. Ao contrário das versões anteriores, que pareciam perfeitas demais pra serem reais, este Superman sente. E faz a gente sentir junto.

O novo universo também começa a dar as caras. Sr Incrivel, Guy Gardner (Lanterna Verde) e a Mulher Gavião surgem como um inicio de uma futura liga da justiça, e tem seus pontos importantes da historia, auxiliando o protagonista em vários momentos. Apesar de parecer o mais fraco e ser desconhecido pela maioria, Sr Incrível roubou a cena em vários momentos e foi muito importante pra trama. Dos três, sem duvida foi o mais importante. Sobre o Lanterna Verde, foi bom ver os poderes do anel sendo usado em vários momentos. Esperamos mais na serie da Tropa dos Lanternas que vem por ai.

Lois Lane e Jimmy Olsen também acertam em cheio. Jimmy é exatamente igual aos quadrinhos. A química nas telas entre Clark e Lois também chamou muita atenção, e na minha opinião, a melhor versão do casal até agora no cinema. Tudo flui com naturalidade.

Nicolas Hoult deu um show a parte, com sua caraterização como Lex Luthor. Que me perdoem grandes nomes do cinema mundial que já fizeram o papel do antagonista mas ele deu um show. Hoult entrega uma versão brilhante, fria, imprevisível e com uma presença que rouba cada cena. É um Lex mais próximo dos quadrinhos, mas com uma pegada própria, moderna e ameaçadora.

E teve o Krypto, o Supercão, ele é um espetáculo à parte. Um cachorro com superpoderes, que voa, morde e não tem um pingo de educação, do jeitinho que a gente espera de um pet mimado e sem regras. Atentado, impulsivo e adoravelmente desobediente, Krypto rouba a cena em vários momentos. É basicamente doguinho com poderes de destruição em massa e a gente ama cada segundo disso.

Visualmente, o filme lembra muito guardiões da galáxia, com muitas cores, cenários bonitos e monstros estranhos e fofos. É puro ficção cientifica estilizada, então não esperem eventos realistas no filme. Esqueçam todos os outros filmes do Superman, esse é o inicio de um novo universo, muito fiel aos quadrinhos e tudo muito bonito e funciona dentro da proposta.

Tudo parece muito bem encaixado, um misto de historias em quadrinhos e muita ação de cinema. Esse novo universo promete uma grande revolução para o universo DC, que está anos atras do que a Marvel anda fazendo com seus personagens. 

O filme parece uma grande colagem de tudo o que amamos nos quadrinhos com o que o cinema de herói tem de melhor. E essa pode ser a revolução que a DC precisava. Depois de anos tropeçando em reboots, tentativas e ideias jogadas ao vento, parece que finalmente temos um ponto de partida digno.

Só esperamos que a Warner não estrague tudo como sempre fez anteriormente. Já passou da hora de seguir uma linha narrativa consistente e confiar no próprio universo. Que esse seja o primeiro passo de uma longa e boa caminhada.


Spoilers

A partir daqui, temos spoilers, se você ainda não viu Superman (2025), pare por aqui. Sério. A partir de agora, vamos comentar detalhes "secretos" do filme.
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Muito se especulou sobre a participação de Bradley Cooper como a voz de Jor-El. Mas não é só a voz, o que ninguém esperava é que ele apareceria em carne e osso. Em uma mensagem holográfica na Fortaleza da Solidão, vemos Cooper caracterizado com um visual que remete muito à versão de Marlon Brando no clássico de 1978. Ficou bonito de ver. Uma homenagem elegante, nostálgica e cheia de peso dramático.

Quem também deu as caras, de forma totalmente inusitada, foi Milly Alcock, a futura Supergirl do novo DCU. E não, ela não entra voando, nem salvando o dia. Ela aparece bêbada, festeira e sem filtros, num momento que mais parece um pós-balada galáctico do que a introdução de uma heroína. A cena acontece dentro da Fortaleza da Solidão, já no final do filme, quando Superman está “descansando”. Ela é a dona do Krypto e foi buscar seu pet! Essa versão da Kara Zor-El promete ser diferente de tudo o que já vimos e a prévia já planta a semente do que virá no filme solo dela, que está em produção sob os cuidados de James Gunn.

O Ultraman que apareceu no filme como principal rival, é na verdade um clone criado pela LuthorCorp para bater de frente com Superman. Muitos estão dizendo que esse Ultraman se tornará no futuro o vilão Bizarro. Vamos aguardar.

Outro momento que aquece o coração dos fãs mais antigos é a revelação da Sala da Justiça sendo exatamente como nos desenhos dos Superamigos. A arquitetura, o formato, a entrada, tudo igual. É ali que Sr. Incrível, Mulher-Gavião e Guy Gardner estão baseados durante o filme. Um verdadeiro fan service nostálgico, mas que se encaixa perfeitamente no novo tom do universo. Essa base já serve como prelúdio da futura Liga da Justiça. Ja imaginei no futuro um filme com todos os heróis, com o nome Super Friends, com Flash, Batman e Mulher Maravilha.

O filme teem duas cenas pós créditos, mas sem nenhuma importância. A primeira, mostra Superman e Krypto na lua, sentados, admirando a Terra. Nada diferente do que já foi mostrado em poster. A segunda, uma conversa entre Superman e Sr incrível, desnecessária também. Só mais um momento descontraído entre os dois.
Talvez o objetivo tenha sido só manter a tradição das cenas pós créditos sem entregar demais. Fica no ar.


Concluindo....

No fim das contas, Superman (2025) não é só o recomeço de um herói, é o renascimento de uma esperança para o universo DC nos cinemas. James Gunn conseguiu equilibrar ação, emoção, humor e referências com uma direção que entende o coração dos quadrinhos. O novo DCU começa com o pé direito, trazendo um Superman mais próximo de nós, cercado por personagens carismáticos e promessas de um futuro empolgante. Se a Warner tiver coragem de seguir esse caminho sem se sabotar, talvez estejamos diante de algo grande. Pela primeira vez em muito tempo, dá vontade de acompanhar cada passo desse universo. E isso já é um feito heroico por si só.

quarta-feira, julho 09, 2025

Superman no Cinema

Com a expectativa crescendo para o lançamento do novo filme do Superman, nada melhor do que revisitar a trajetória do último filho de Krypton nas telas. Desde o charme clássico de Christopher Reeve até o vigor moderno de Henry Cavill, o azulão já viveu diversas versões que refletem não só a época em que foram feitas, mas também as diferentes visões sobre o que significa ser um herói.

A jornada começou em 1978, com Superman, dirigido por Richard Donner e estrelado por Christopher Reeve. Esse filme é um marco não apenas para o personagem, mas para todo o gênero de super-heróis no cinema. Reeve trouxe uma combinação rara de força e humanidade, equilibrando a grandiosidade de um alienígena com a vulnerabilidade de Clark Kent. A história, que vai desde a destruição de Krypton até o embate com o General Zod, estabeleceu a base para tudo que viria depois. A sequência, Superman II (1980), continuou essa tradição, aprofundando o conflito com os kryptonianos fugitivos e explorando mais a dualidade entre Clark e Superman.

Os filmes seguintes, Superman III (1983) e Superman IV: The Quest for Peace (1987), apesar de tentarem expandir o universo, sofreram com roteiros mais fracos e produção conturbada, o que prejudicou a reputação da franquia. Ainda assim, a figura de Reeve permaneceu como a personificação definitiva do herói para muitos fãs.

Após um hiato, Superman Returns (2006) trouxe Brandon Routh ao papel. O filme foi uma homenagem nostálgica aos clássicos, trazendo de volta elementos da mitologia original e tentando recuperar a aura perdida nos anos anteriores. Routh capturou a essência do personagem, mas o filme enfrentou críticas pela narrativa lenta e um vilão menos impactante, ficando no limbo entre homenagem e inovação.

A virada mais moderna veio com Man of Steel (2013), que apresentou Henry Cavill como um Superman mais sombrio e complexo. Dirigido por Zack Snyder, o filme adotou um tom mais realista e adulto, focando no dilema de um alienígena tentando encontrar seu lugar na Terra. O enredo revisitou a origem de Kal-El e a destruição de Krypton, com batalhas intensas e efeitos visuais grandiosos, embora tenha dividido opiniões pelo tom mais pesado e pela abordagem do personagem.

Em seguida, Batman v Superman: Dawn of Justice (2016) colocou Cavill em confronto com o Batman, interpretado por Ben Affleck, explorando temas como justiça, poder e medo. Apesar das críticas ao roteiro e ritmo, a química entre os personagens e as sequências de ação fizeram deste um ponto alto para os fãs do universo DC. O ápice da participação de Cavill até então foi em Justice League (2017) e sua versão estendida, Zack Snyder’s Justice League (2021), que reuniram os maiores heróis da DC em uma luta contra ameaças cósmicas, mostrando um Superman renascido e mais heroico.

É importante mencionar também uma breve, porém significativa, aparição de Cavill em Black Adam (2022). Sua participação na cena pós-créditos levantou grandes expectativas para o retorno do Superman ao Universo DC, mas infelizmente foi cortada da versão final, deixando muitos fãs frustrados e refletindo as incertezas do personagem no cinema.

Ao longo dessas décadas, o Superman no cinema se reinventou várias vezes, espelhando mudanças culturais e estéticas. Seja como símbolo de esperança ou figura trágica, o último filho de Krypton continua a voar alto na imaginação do público, preparando o terreno para novos capítulos.

Agora, com o anúncio do novo filme do Superman e a chegada de um novo ator para vestir o icônico uniforme, as expectativas estão lá no alto. Os fãs esperam uma releitura que honre o legado dos clássicos, mas que também traga frescor, profundidade e uma nova visão para o personagem, acompanhando os tempos atuais. Será uma oportunidade de reimaginar o azulão, explorando sua humanidade, suas dúvidas e sua luta eterna por justiça em um mundo cada vez mais complexo. O Multiverso do Kaka está pronto para acompanhar essa nova jornada e dividir cada passo dessa nova era do herói mais emblemático dos quadrinhos.

Mais post sobre Superman? Temos:

Christopher Reeves Story

Superman Day

Grandes Astros Superman

Top 5 Action Figures

Por que o mundo precisa de um Superman

Fiquem ligados, com a analise completa sobre o filme que estreia essa semana. Vou trazer todos os detalhes, opiniões sobre a produção e muito mais.

Look Up!

terça-feira, julho 08, 2025

Fortaleza da Solidão


No embalo da semana de estreia do novo filme do Superman, o Multiverso do Kaka abre as portas de gelo e memória para falar de um dos locais mais emblemáticos da cultura pop: a Fortaleza da Solidão. Prepare-se, porque esse é só o começo de uma série de postagens dedicadas ao azulão. O mito, o símbolo, o último filho de Krypton.

A Fortaleza da Solidão nunca foi só um esconderijo. Nem um “QG de herói”. Desde sua primeira aparição nos quadrinhos, ela carrega um peso simbólico que poucos lugares fictícios conseguem sustentar, sendo um elo entre dois mundos. É a fronteira entre o que Kal-El foi e o que Clark Kent tenta ser. Um espaço onde a nostalgia de Krypton e o peso do legado alienígena colidem com o silêncio gélido da Terra.

Já foi retratada de várias formas, de um castelo de cristal nas montanhas geladas a uma estrutura quase tecnológica flutuante em animações futuristas. No cinema, o cristal é o que mais marcou. Richard Donner fez dela um templo, um monumento ao passado de um mundo extinto. A versão de Zack Snyder seguiu um caminho mais militarizado e tecnológico. Já nas animações, como a da Liga da Justiça ou Superman: The Animated Series, ela varia entre laboratório, museu e até zoológico cósmico. Mas em todas as versões, uma verdade se mantém ali, o Superman está só.

E é nessa solidão que ele se conecta com quem realmente é. Ali, longe do barulho de Metrópolis, ele se permite ser Kal-El. Conversar com projeções de Jor-El, aprender sobre culturas perdidas, manter viva uma herança que ninguém mais no universo pode carregar. A Fortaleza é um refúgio mas também é um lembrete que não importa o quanto ele se esforce para ser humano, ele veio de outro lugar. E carrega esse outro lugar dentro dele.

Mais do que um local físico, a Fortaleza da Solidão é uma manifestação da dualidade que define o Superman. Não se trata apenas de lutar pela verdade e justiça. Trata-se de ser o último guardião de um legado extinto, de proteger não só a Terra, mas também as memórias de um povo que já não existe.

E se você parar pra pensar, aquela inteligência artificial que governa a Fortaleza, geralmente uma projeção de Jor-El, não é apenas um assistente. É praticamente uma extensão da mente kryptoniana. É um eco da ciência de Krypton, um conselheiro, um banco de dados emocional, quase um pai recriado em dados e luz. É o que ajuda Kal-El a não esquecer e o que o impede de se perder.

Brainiac, em sua forma mais pura, é a ameaça definitiva à memória. Um vilão que não destrói por prazer, mas por lógica. Para ele, preservar é o mesmo que aprisionar. Conhecimento só tem valor quando está sob seu controle absoluto. É por isso que a Fortaleza da Solidão, com todos os seus cristais de memória e ecos do passado kryptoniano, representa um alvo. Não apenas um banco de dados, mas uma rebelião contra sua filosofia de dominação. Enquanto a Fortaleza honra, Brainiac arquiva. Enquanto ela guarda para lembrar, ele engarrafa para possuir. É o confronto entre o guardião e o colecionador.

Já Lex Luthor enxerga a Fortaleza com outros olhos, os de um homem que não suporta a ideia de algo ou alguém estar acima dele. Ao longo das décadas, ele tentou invadir, sabotar, desmontar ou até usar a tecnologia da Fortaleza contra o próprio Superman. Mas sua motivação não é cósmica, e sim profundamente humana. Orgulho. 

Para Luthor, a existência da Fortaleza é uma afronta. Um lembrete de que, por mais genial que seja, sempre haverá algo que ele não pode controlar. Se Brainiac representa o perigo da razão fria, Lex é o aviso sobre o que acontece quando o ego humano encontra poder demais. Ambos ameaçam a Fortaleza por razões distintas, mas com um mesmo resultado, mostrar que até o último refúgio do Superman pode sangrar.

A Fortaleza da Solidão, no fundo, é o lugar onde o Superman vai pra lembrar quem ele é e pra garantir que o mundo também não esqueça.




segunda-feira, julho 07, 2025

Jurassic Park: Uma Jornada em Seis Filmes

Do parque dos dinossauros à ameaça global: relembramos os principais acontecimentos da franquia que marcou gerações


Se existe um som capaz de te transportar direto pra infância é aquele rugido do T-Rex seguido pela trilha épica de John Williams. Desde 1993, a franquia Jurassic Park / World vem misturando ciência, ambição, caos e nostalgia com uma fórmula tão simples quanto perigosa: “Vamos trazer dinossauros de volta à vida. O que pode dar errado?

Com seis filmes já lançados e um novo a caminho (Jurassic World: Rebirth), resolvemos revisitar cada capítulo dessa aventura jurássica. De Ilha Nublar a dinossauros soltos no planeta inteiro, prepare-se para uma viagem cheia de DNA antigo, fugas desesperadas e decisões corporativas absolutamente burras.

Jurassic Park (1993)

Direção: Steven Spielberg
Elenco: Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough
O início de tudo. O bilionário John Hammond cria um parque com dinossauros clonados, mas a visita de especialistas para aprovar a abertura comercial termina em desastre. Quando os sistemas falham e os dinossauros escapam, começa uma luta por sobrevivência.
É o filme com o T-Rex na chuva, os Velociraptores na cozinha e a trilha sonora que arrepia até fóssil. Um clássico absoluto.
Destaques: A primeira aparição dos dinossauros, o copo d’água tremendo, a frase “A vida encontra um meio”.



O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997)

Direção: Steven Spielberg
Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Moore, Vince Vaughn
Quatro anos depois, descobrimos que existe outra ilha (Sorna), onde os dinossauros foram criados. Ian Malcolm volta à cena para resgatar sua namorada, que está pesquisando os animais soltos por lá. A situação piora quando caçadores tentam capturar espécies e um T-Rex é levado para San Diego.
Tem ação urbana e crítica ambiental, mas é lembrado mesmo pela confusão com o dino na cidade.
Destaques: T-Rex solto nos EUA, ataque na grama alta, Malcolm como protagonista sarcástico.


Jurassic Park III (2001)

Direção: Joe Johnston
Elenco: Sam Neill, Téa Leoni, William H. Macy
Dr. Grant é enganado para voltar à Ilha Sorna e ajudar um casal a encontrar o filho desaparecido. O filme apresenta o Spinosaurus, que derrota o T-Rex logo de cara, gerando revolta em meio planeta.
Mais direto, com menos discurso e mais fuga. É o mais “sessão da tarde” da trilogia clássica.
Destaques: Spinosaurus, os pterossauros, o celular tocando dentro do dino.



Jurassic World (2015)

Direção: Colin Trevorrow
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard
O parque virou realidade, agora como resort de luxo. Mas o público se acostumou com dinossauros e a administração decide criar um híbrido mais “radical”: o Indominus Rex. A criatura escapa (óbvio) e o parque entra em colapso.
Chris Pratt treina Velociraptores e a nostalgia bate forte com o retorno do T-Rex como salvador.
Destaques: Parque funcionando, Indominus Rex, Blue (a Raptor inteligente), visual moderno.


Jurassic World: Reino Ameaçado (2018)

Direção: J.A. Bayona
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall
A ilha está prestes a explodir por causa de um vulcão. Os protagonistas tentam salvar os dinossauros, mas acabam presos numa conspiração de leilões e experimentos genéticos. Surge o Indoraptor, ainda mais assustador.
No fim, os dinos são libertados no mundo real. A fronteira entre “parque” e “civilização” foi rompida.
Destaques: Vulcão em erupção, mansão com dinossauros, final apocalíptico.


Jurassic World: Domínio (2022)

Direção: Colin Trevorrow
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum
O elenco clássico retorna para ajudar a resolver uma crise global, dinossauros soltos por todos os continentes. Clonagem, mercado negro, gafanhotos alterados geneticamente e mega corporações se misturam num filme que tenta encerrar tudo.
É o encontro de gerações, com ação, nostalgia e um roteiro questionável e cansativo.
Destaques: Reunião dos protagonistas dos anos 90, perseguição de moto + Raptor, dinossauros vivendo entre humanos.

E vem mais por aí…

Nos cinemas desde 03 de julho de 2025, Jurassic World: Rebirth promete iniciar uma nova fase da franquia. O que nos espera? Mais dinossauros? Novos protagonistas? Uma tentativa de reconstruir a ordem ou aceitar que agora o mundo pertence aos répteis?

Uma coisa é certa: se os humanos tiverem mais uma ideia genial, os dinossauros vão fugir de novo.


sábado, julho 05, 2025

Juju e a Maratona Pre-Historica


Tudo começou com uma missão simples: rever todos os filmes da franquia Jurassic Park antes da estreia de Jurassic World: Rebirth. Uma espécie de ritual sagrado, sabe? Relembrar os clássicos, redescobrir o medo dos Velociraptores, tentar entender por que alguém ainda acha uma boa ideia recriar um parque de dinossauros depois de DAR ERRADO CINCO VEZES.

Mas dessa vez eu não estaria sozinho. Ao meu lado, imponente e julgado por ninguém menos que Deus, estava ele: Jubileu, vulgo Juju, o Tiranossauro de 70 centímetros que habita meu quarto e meu imaginário desde tempos imemoriais.

Coloquei o primeiro filme. 1993. A trilha sonora tocou e eu arrepiei inteiro. Juju continuou imóvel, como sempre, mas senti, juro que senti, que ele também reconheceu aquele tema. Tipo quem ouve o hino do seu povo depois de décadas no exílio. O brontossauro apareceu e Juju apenas virou ligeiramente a cabeça. Um gesto sutil, como quem diz: “Esse aí era meu vizinho.”

Seguimos para o segundo. O Mundo Perdido. E logo nas primeiras cenas, Juju demonstrou seu descontentamento. Eu sei porque ele ficou de frente para TV como se estivesse fazendo plantão de protesto. Acho que ele não engole o fato de terem mostrado o T-Rex como um bicho domesticável, passeando em San Diego. O Juju é da ala conservadora dos dinossauros, selvagem, comedor de advogados, inimigo declarado de cercas elétricas.

No terceiro filme, quando o dinossauro novo derrota o T-Rex, eu ouvi um barulho. Sério. Um "cloc" vindo da mesa/estante. Olhei pra ele. Juju estava no mesmo lugar. Mas o olhar era diferente. Mais escuro. Mais decepcionado. Como se dissesse: “Esse roteiro me ofende.”

A trilogia Jurassic World foi ainda mais delicada. Durante o primeiro filme, ele tolerou. A aceitação veio provavelmente por ver que o T-Rex ainda tinha espaço no pôster. Mas quando chegamos no Reino Ameaçado, ele começou a dar sinais de rebeldia. Em determinado momento, pausei pra pegar água e quando voltei, o Juju estava virado de costas pra TV. Um manifesto silencioso contra o drama forçado e o dinossauro inventado no computador.

No último filme, ele já estava deitado no chão, caído, com as pernas pra cima. Virei pra ele e falei:

Tá cansado?

Ele não respondeu, claro. Apenas ficou ali. Calado. E julgando.

Terminamos a maratona com a sensação de dever cumprido. Eu, cheio de pipoca na camisa; ele, firme na sua missão de criticar com o olhar. Não sei se Juju gostou dos filmes. Mas tenho certeza que ele se sentiu representado. Porque, no fundo, por mais plástico que ele seja, ele ainda é dinossauro. E dinossauros merecem respeito.

Agora é esperar o filme novo. E sim, o Juju vai ao cinema comigo. Pode não caber na poltrona, pode causar comoção na fila, pode até ser barrado na entrada. Mas uma coisa é certa: ele vai assistir.

Nem que seja do carro, pelo retrovisor.

Calado. E julgando.

Em breve, um post sobre todos os filmes da saga, pois fiz varias anotações quando estava assistindo junto com o Juju. 

Jurassic World Rebirth teve sua estreia dia 03 de julho nos cinemas.

quinta-feira, julho 03, 2025

Jubileu - O Ultimo Tiranossauro da Casa

Todo mundo fala de Jurassic Park como se fosse só cinema. Um espetáculo visual. Uma revolução tecnológica. Spielberg. Dinossauros. CGI. Trilha sonora que arrepia o pelo da alma. Mas pouca gente fala do trauma psicológico que é assistir aquele filme na infância e sair acreditando, de verdade, que um dia você teria um dinossauro de estimação.

Pois bem. Eu tive. Quer dizer, eu tenho.

O nome dele é Jubileu.

Jubileu Zubeldia da Silva. Mas aqui em casa, ele atende por Juju. Um T-Rex de 70 centímetros de puro charme plástico, dentes afiados de fábrica e um olhar que diz: “Sim, eu comeria aquele entregador do iFood se não tivesse me dado batata fria.”

Comprei o Juju já adulto, porque, convenhamos, ninguém quer cuidar de um T-Rex bebê chorando de madrugada. Ele chegou pelo correio numa caixa que parecia conter uma peça de carro, e desde então reina absoluto no meu quarto há quase seis meses. Quando as visitas entram, fingem que não notam. Mas notam. Sempre notam. É impossível não reparar num tiranossauro com a cabeça virada pro lado como quem avalia seu caráter.

Tem gente que coleciona livros raros. Outros têm vinhos envelhecidos, guitarras vintage, medalhas de corrida. Eu tenho o Juju. E é tudo que preciso pra manter minha sanidade e um certo medo constante de ser devorado no meio da madrugada por um brinquedo que ganha vida.

Juju já participou de longas discussões familiares sobre política (ficou calado, mas julgando). Já passou a noite no quintal, olhando pras estrelas, talvez lembrando dos velhos tempos em que era rei da Terra e não enfeite de quarto. Já pisou em cima do roteador e fez o Wi-Fi parar. Já foi modelo em fotos pro blog. E já me assustou mais de uma vez ao cair da prateleira com aquele "TUM" que faz a alma sair do corpo achando que é um Velociraptor invadindo a cozinha.

A verdade é que Juju representa algo que o cinema de hoje vive tentando alcançar e raramente consegue: encantamento puro. Quando assisti Jurassic Park pela primeira vez, o dinossauro não era apenas um animal pré-histórico, era um milagre tecnológico, um ser mitológico, um sonho vivo. E em algum lugar dentro da minha cabeça de adulto cansado, ele ainda é.

Talvez por isso eu nunca tenha deixado de acreditar que os dinossauros vão voltar um dia. E quando voltarem, quero que saibam que eu tratei bem do Juju. Alimentei, limpei o pó, protegi do sol. Fiz minha parte como humano responsável.

E se algum dia eu desaparecer misteriosamente, não procurem muito longe. Comecem pela estante.


A propósito, Jurassic World Rebirth teve lançamento oficial nos cinemas dia 03 de julho de 2025 e veremos muito o Juju no Instagram na semana de estreia. 


quarta-feira, julho 02, 2025

Jurassic Park - Onde Você Estava em 1993?


Eu estava numa sala de cinema lotada, com cheiro de pipoca queimada no ar, o chão grudando e o coração acelerado como se eu estivesse prestes a entrar num parque de verdade. Era 1993, e Jurassic Park não era só mais um filme, era a promessa de ver dinossauros vivos na tela grande. Quando o logo apareceu, seguido daquele rugido ensurdecedor, eu soube que algo ali tinha mudado tudo. A partir dali, cinema e realidade nunca mais seriam a mesma coisa.

Em 1993, Jurassic Park não era apenas um filme. Era um evento. Uma ruptura. Um portal de teletransporte direto pra nossa imaginação infantil. Lembro do impacto que senti ao ver o brontossauro pela primeira vez, levantando o pescoço com aquela música do John Williams me dizendo, sem dizer: “Você nunca viu isso antes.” E não tinha mesmo visto.

Na época, cinema de aventura era feito com maquetes, bonecos de borracha e muito corte rápido pra esconder as limitações técnicas. Mas ali, Spielberg fez a gente acreditar que os dinossauros estavam realmente vivos. E isso muda uma criança. Muda o adulto que ela vai ser. O filme funcionava em todos os níveis: o elenco era carismático sem forçar, a ameaça era real, mas com um equilíbrio perfeito entre ciência e fantasia, e os efeitos, uma mistura de animatrônicos com um CGI recém-nascido, casavam perfeitamente. Era como se Spielberg tivesse misturado cinema, paleontologia e um pouco de mágica negra pra nos hipnotizar. E hipnotizou.

Eu saí do cinema querendo ser paleontólogo, inventor de parques temáticos, programador de sistema de segurança, criador de dinossauros e até o próprio dinossauro, se fosse possível. E acho que muita gente sentiu algo parecido. Porque aquele filme mexia com algo primitivo e ao mesmo tempo moderno, o medo do desconhecido e a arrogância de achar que podemos controlá-lo.

Não é à toa que Jurassic Park virou sensação. A gente lembra onde estava quando viu. Lembra do barulho do copo d’água tremendo. Lembra do grito da garota no carro. Lembra da frase: “A vida encontra um meio.” E talvez seja isso que esse filme fez com a gente, encontrou um meio de se enraizar na nossa memória afetiva. Não era só sobre dinossauros. Era sobre medo, admiração, descoberta e a velha pergunta: e se fosse possível?

Hoje, com um novo filme chegando em julho de 2025, eu me pego pensando: será que ainda tem esse poder? Será que ainda dá pra sentir aquele arrepio? Talvez não como antes. Mas também, talvez sim. Porque a criança que viu Jurassic Park em 1993 ainda tá aqui dentro, pronta pra correr de novo daquele T-Rex.

Jurassic World: Rebirth tem estreia oficial no cinemas dia 03 de julho de 2025.

Bora?


segunda-feira, junho 30, 2025

Predador - Assassino de Assassinos

 


Se você achava que a franquia Predador já tinha feito de tudo, é porque ainda não viu Predador: Assassino de Assassinos. A nova animação lançada em 2025 chegou chutando a porta com três histórias brutais, violentas e estilizadas, todas costuradas pela mesma essência que fez da saga um ícone: caçadas mortais em cenários extremos, com monstros implacáveis e guerreiros que lutam até o último fôlego.

A animação é visualmente impressionante, com traços que lembram Akira e uma trilha sonora que honra o legado da franquia, trazendo de volta os temas clássicos com peso e tensão. Mas não se engane com o formato animado, esse é, provavelmente, o filme mais sangrento de toda a franquia. Literalmente, cabeças voam sem parar.

A primeira história se passa no ano 841 d.C., no meio de uma guerra entre clãs vikings. Em meio ao caos de espadas, gritos e escudos quebrando, surge um Predador diferente de tudo o que vimos antes, gigantesco, com músculos de fazer inveja ao Hulk e movido pela pura força bruta. Um monstro sem sutilezas, mas com sede de destruição. E o que era uma batalha entre nórdicos, se torna um massacre entre civilizações.

Depois, somos transportados para o Japão feudal de 1629, onde dois irmãos, um ninja e um samurai, travam um duelo pessoal cheio de honra, ressentimentos e lâminas afiadas. Mas quando um novo Predador aparece, mais técnico e equipado com armas de precisão, os dois precisam unir forças para sobreviver. Esse segundo alienígena é muito mais ágil e tático do que o primeiro, como se fosse uma nova “classe” da raça. Se os vikings enfrentaram um tanque de guerra, os japoneses enfrentam um assassino de elite.

A terceira história nos joga no meio da Segunda Guerra Mundial, com combates aéreos entre aviões caindo do céu e explosões por todo lado. Aqui, o Predador parece ter um código, ele só ataca aviões em combate. É um caçador que escolhe suas presas com base no caos da guerra. Diferente dos outros dois, seu visual também é único, lembrando mais um piloto alienígena do que um guerreiro tribal. E sim, ele tem uma nave. E sim, ela também é uma arma mortal que caça os aviões no meio da Guerra.

No clímax da animação, os três sobreviventes, um de cada história, acordam acorrentados dentro de uma espécie de nave dos Predadores. E, mesmo sendo de épocas completamente diferentes, são jogados juntos em uma arena. A regra? Um confronto entre si até que sobre apenas um. E aí, o vencedor encara o Predador Mor, uma espécie de super guerreiro, uma lenda viva entre os assassinos, o assassino de assassinos. Sensacional!

O resultado? Um espetáculo brutal, com confrontos épicos, coreografias sangrentas e uma explosão de violência gráfica. É o tipo de animação que não tem medo de chocar o público e faz isso com estilo. Em um tempo em que tantas franquias tentam se reinventar e falham, Predador: Assassino de Assassinos mostra que ainda é possível surpreender, até mesmo em terrenos já muito explorados. Uma bela, sangrenta e selvagem adição ao universo dos caçadores intergalácticos.

Se você gosta de sangue, honra, ficção e um bom banho de nostalgia com trilha sonora clássica, essa animação é pra você. Só não espere piedade. Porque aqui, nem os guerreiros têm tempo pra respirar. É bom demais!

Ah pronto, agora quero um Predador pra minha coleção!

Predador: Assassino de Assassinos, está disponível no Disney Plus.

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sexta-feira, junho 27, 2025

Coracao de Ferro - 3 primeiros episodios


Rever as armaduras em ação em Coração de Ferro, nos três primeiros episódios, trouxe uma onda imediata de nostalgia, lembrando aqueles tempos icônicos de Tony Stark e suas criações inovadoras. Foi bom sentir esse eco do passado. A protagonista, Riri Williams, interpretada por Dominique Thorne, se mostra carismática e engajada; ela conduz com segurança a trama e permite que a gente mergulhe na série de forma tranquila.

Até agora, seu maior rival tem sido Parker Robbins, o misterioso “Capuz”, interpretado por Anthony Ramos. Apesar de pouco conhecido pelo público geral, nos quadrinhos ele é um delinquente que, ao matar um demônio, rouba seu capuz e botas e ganha poderes como invisibilidade, levitação, teletransporte e uma forte ligação com magia negra. Em algumas histórias, ele até se conecta com entidades como Dormammu e Mephisto. Na série, o personagem aparece modesto, mas com um ar sombrio, com sinais de que ainda há muito mais a ser revelado. O ator já o descreveu como o “vilão mais legal” do MCU, o que aumenta a expectativa.

Essa dinâmica entre a tecnologia de ponta de Riri e a magia do Capuz estrutura o núcleo dramático da trama, com promessa de um embate moral, emocional e épico entre ciência e ocultismo, algo que os próprios produtores destacaram como um dos grandes pilares da série.

Entretanto, não dá para ignorar um ponto negativo importante: a inserção de comerciais com mais de um minuto, a cada cinco minutos de série, atrapalha demais a imersão. Para um serviço de streaming pago, e caro, diga-se de passagem, essa prática é frustrante. Cheguei a considerar o cancelamento da assinatura. Quando você volta empolgado para o episódio seguinte e é interrompido várias vezes, o impacto da narrativa simplesmente se perde.

No balanço geral, os episódios 1 a 3 são eficientes na construção de uma nova heroína. Riri é dona de presença e inteligência, reminiscentes de Tony Stark, mas com personalidade própria e na apresentação de um vilão intrigante, que ainda tem muito a mostrar. A ambientação em Chicago é rica, autêntica, e o charme visual das armaduras e efeitos especiais só reforça a qualidade da produção. Mas fica o alerta: para a experiência ser completa, o Disney Plus vai precisar rever essa estratégia de anúncios. Porque do jeito que está, a série brilha mas o streaming atrapalha.

Aguardaremos os próximos episódios para analisar melhor a serie. Até o momento, está Ok! Longe de ser a pior, mas longe também de ser a melhor.

Até.


quarta-feira, junho 25, 2025

Branca de Neve


Vou ser sincero, odeio filme musical. Quando a personagem começou a cantar, lá no começo do novo Branca de Neve da Disney, já torci o nariz. Pensei em desistir. Mas continuei assistindo, primeiro porque o filme é realmente bonito de se ver, e segundo porque eu estava curioso pra ver como seria a Rainha Má e, claro, os famosos anões.

E pra minha surpresa, o filme foi me conquistando aos poucos. As músicas, apesar do meu ranço inicial  não estavam ali só pra encher linguiça. Elas ajudavam a contar a história, traziam informações importantes da trama e aos poucos, eu fui relevando. Ainda não virei fã de musical, mas pelo menos não me senti querendo fugir da sala, o que já é uma vitória.

Agora, preciso dizer, a parte dos anões cantando foi sensacional. A cantoria clássica foi um show à parte. Mesmo com os personagens sendo feitos em CGI, ficou visualmente incrível, um dos momentos mais legais do filme. Dá até pra dizer que foi ali que o filme me pegou de vez. Confesso, cantei junto. "Eu vou, eu vou...pra casa agora eu vou..."

A história segue a linha da versão clássica da Disney e talvez por isso eu tenha gostado tanto. Tá tudo ali, a Branca de Neve ingênua, o espelho mágico, a Rainha Má se transformando em velhinha pra entregar a maçã envenenada. Não tentaram reinventar demais, e isso, pra mim, foi um ponto positivo. Gosto das histórias clássicas e esse remake respeita isso.

Dá tranquilamente pra colocar as crianças pra assistir. É um filme bonito, divertido e fácil de acompanhar. A atriz que faz a Branca de Neve, olha, não é lá muito bonita não, mas a verdade é que o carisma dela vai crescendo com o tempo. No fim das contas, já nem achei ela tão feia assim. E colocar a Gal Gadot como Rainha Má... caramba! Apesar de achar que o Espelho Magico era um tremendo mentiroso e na verdade queria era ver o circo pegar fogo, ele mesmo se explicou no final. A beleza interna que seria importante, por isso Branca de Neve era mais bonita que a Mulher Maravilha, quer dizer, que a Rainha Má. É serio, tá lá no filme.

No geral, gostei bastante do filme, mesmo com todos os meus bloqueios com musicais. Tem cara de Disney, tem coração de conto de fadas e é uma boa pedida pra quem gosta dessas releituras nostálgicas com um toque moderno.

Ah, vale citar rapidinho, rolou uma polêmica nos bastidores por conta da substituição dos anões reais por personagens em CGI. Tudo isso por conta de declarações e críticas sobre estereótipos. Mas honestamente, não atrapalha em nada a experiência. Visualmente ficou bonito e segue funcionando bem na história.

Branca de Neve está disponível no app Disney Plus.
Até breve.

terça-feira, junho 24, 2025

Adolescencia - Serie Netflix


Sabe aquela sensação de quando você espera muito de uma série e ela simplesmente não entrega? Foi exatamente isso que senti assistindo Adolescência, nova minissérie da Netflix. Com apenas quatro episódios, a série parecia promissora, especialmente com aquele formato ousado de plano sequência contínuo que gera uma tensão constante. Visualmente, é bem diferente do que a gente costuma ver por aí. Mas, infelizmente, a forma não conseguiu entregar o conteúdo.

A trama gira em torno de um garoto de 13 anos acusado de matar uma colega de escola. Assunto muito pesado. Pois é, só que em vez de explorar a fundo a motivação do crime ou as consequências disso tudo, a série opta por mergulhar no drama da família. O foco vira o sofrimento dos pais, os dilemas da psicóloga, os olhares perdidos dos adultos. E o crime fica em segundo plano.

A tal motivação do garoto é sugerida como sendo bullying virtual, aqueles códigos secretos que só adolescentes entendem nas redes sociais, no caso citado, INSTAGRAM. Mas a série não mostra quase nada disso. Só fala. E fala. E fala. Um dos episódios inteiros, por exemplo, é uma conversa longa entre o adolescente e a psicóloga. Clima tenso, tentativas de criar um suspense psicológico, mas no fim, buscou demonstrar que o garoto tinha problemas de comportamento e psicopatia, mesmo com 13 anos. Foi importante para o contexto, sim, mas foi bem cansativo de assistir. O garoto nega o crime do início ao fim, mesmo com um suposto vídeo mostrando o ato. E a gente, como espectador, fica no vácuo. Faltou coragem de aprofundar, de mostrar consequências reais, de ir além do discurso.

Adolescência tenta ser séria, mas escorrega no superficial. É um tema urgente, a negligência dos pais diante do universo digital dos filhos, a masculinidade tóxica que já se manifesta entre adolescentes, a violência silenciosa que cresce nas sombras das redes, mas tudo isso é tocado com tanta suavidade que parece até medo de incomodar.

No fim, fica aquela frustração de quem queria saber mais sobre o caso, refletir, ser provocado e só encontrou estética. Uma pena. Porque o formato tinha tudo para ser revolucionário. Faltou só o essencial: conteúdo. Muitos críticos elogiando, mas sinceramente, não gostei, fiquei com a sensação que perdi meu tempo assistindo. Um elogio, os atores são bons. O adolescente e o pai dele dão um show de interpretação.

A serie está disponível no streaming Netflix

segunda-feira, junho 23, 2025

DNA do Crime - Serie Netflix


Tem séries que chegam sem muito alarde e quando a gente vê, já está envolvido até o pescoço. Foi o que aconteceu com DNA do Crime, produção brasileira da Netflix que colocou ação policial, investigação forense e drama humano no mesmo pacote e entregou tudo com uma força que raramente se vê por aqui.

Lançada em novembro de 2023, a série já começou grande: baseada em fatos reais, mais especificamente no assalto cinematográfico à sede da Prosegur em Ciudad del Este, em 2017. Mas o que realmente chamou atenção não foi só o crime, foi o modo como a investigação é contada, com foco no uso da ciência, especialmente da análise de DNA, para conectar pistas e personagens em uma rede que cruza fronteiras, histórias e traumas.

A primeira temporada nos joga direto para a Tríplice Fronteira. De um lado, um assalto coordenado e brutal; do outro, uma força-tarefa da Polícia Federal tentando montar o quebra-cabeça. No centro dessa história estão Benício, um agente atormentado pela perda do irmão, e Suellen, policial determinada e recém-mãe, equilibrando a maternidade com o peso da investigação. Ao longo dos oito episódios, a série constrói com precisão o rastro deixado pela chamada “Quadrilha Fantasma”, uma organização criminosa que se especializou em crimes de fronteira. Cada fio de cabelo, cada gota de sangue, cada pegada se torna peça-chave. E é aí que entra o diferencial: o uso do DNA como principal arma de investigação, elevando o realismo da trama e nos lembrando que a tecnologia já faz parte da luta contra o crime.

A direção de Heitor Dhalia entrega cenas tensas, tiroteios bem coreografados e uma ambientação que explora o Brasil profundo, longe do eixo Rio-São Paulo. Não há heróis limpinhos. Os agentes erram, se frustram, sofrem, mas não recuam. E talvez por isso a série tenha encontrado tanta conexão com o público.

A segunda temporada, lançada em junho de 2025, começa exatamente onde a anterior parou. Isaac, o novo grande antagonista, escapou da Polícia Federal e está longe de querer descanso. O plano agora é ainda mais ousado: atacar o Banco Central. É a escalada do crime organizado com um nível de audácia poucas vezes visto na ficção brasileira. Enquanto isso, Benício lida com perdas que abalaram seu núcleo e Suellen assume mais responsabilidades na equipe. Ela não é mais apenas a investigadora esforçada, agora é uma liderança que precisa manter a moral em uma guerra silenciosa, onde cada pista exige sacrifícios.

O roteiro amadurece, os personagens ganham mais camadas, e a tensão cresce em ritmo constante. A “Quadrilha Fantasma” se articula como uma empresa do crime, e a série faz questão de mostrar que, do outro lado, a polícia também precisa se reinventar.

DNA do Crime não só conquistou o público brasileiro, como também virou sucesso global. Em sua estreia, foi a série em língua não inglesa mais assistida na Netflix, liderando rankings em mais de 70 países. E não é difícil entender o porquê. A série combina o melhor do thriller policial com uma carga dramática forte, envolta em paisagens reais e uma sensação de urgência constante. Mas talvez o grande mérito esteja mesmo em tratar o crime como algo sistêmico, não como exceção, mas como sintoma. A série mostra a engrenagem por trás dos grandes assaltos, a relação com o tráfico, com a política, com o abandono institucional. E tudo isso sem parecer um panfleto ou algo didático. É entretenimento de alto nível, mas com inteligência.

Se você gosta de ação com propósito, de histórias baseadas em fatos, de personagens humanos e imperfeitos, DNA do Crime é uma das melhores produções brasileiras dos últimos anos. E mais: é uma série que prova que dá, sim, para fazer conteúdo nacional com ambição internacional, sem perder a identidade. Prepare-se para tiros, perseguições, flashbacks, análises genéticas e muita tensão. Mas também para se conectar com um Brasil que raramente ganha espaço nas telas. Um Brasil duro, real, que resiste e que ainda tenta fazer justiça com o que tem.