Eu estava numa sala de cinema lotada, com cheiro de pipoca queimada no ar, o chão grudando e o coração acelerado como se eu estivesse prestes a entrar num parque de verdade. Era 1993, e Jurassic Park não era só mais um filme, era a promessa de ver dinossauros vivos na tela grande. Quando o logo apareceu, seguido daquele rugido ensurdecedor, eu soube que algo ali tinha mudado tudo. A partir dali, cinema e realidade nunca mais seriam a mesma coisa.
Na época, cinema de aventura era feito com maquetes, bonecos de borracha e muito corte rápido pra esconder as limitações técnicas. Mas ali, Spielberg fez a gente acreditar que os dinossauros estavam realmente vivos. E isso muda uma criança. Muda o adulto que ela vai ser. O filme funcionava em todos os níveis: o elenco era carismático sem forçar, a ameaça era real, mas com um equilíbrio perfeito entre ciência e fantasia, e os efeitos, uma mistura de animatrônicos com um CGI recém-nascido, casavam perfeitamente. Era como se Spielberg tivesse misturado cinema, paleontologia e um pouco de mágica negra pra nos hipnotizar. E hipnotizou.
Eu saí do cinema querendo ser paleontólogo, inventor de parques temáticos, programador de sistema de segurança, criador de dinossauros e até o próprio dinossauro, se fosse possível. E acho que muita gente sentiu algo parecido. Porque aquele filme mexia com algo primitivo e ao mesmo tempo moderno, o medo do desconhecido e a arrogância de achar que podemos controlá-lo.
Não é à toa que Jurassic Park virou sensação. A gente lembra onde estava quando viu. Lembra do barulho do copo d’água tremendo. Lembra do grito da garota no carro. Lembra da frase: “A vida encontra um meio.” E talvez seja isso que esse filme fez com a gente, encontrou um meio de se enraizar na nossa memória afetiva. Não era só sobre dinossauros. Era sobre medo, admiração, descoberta e a velha pergunta: e se fosse possível?
Hoje, com um novo filme chegando em julho de 2025, eu me pego pensando: será que ainda tem esse poder? Será que ainda dá pra sentir aquele arrepio? Talvez não como antes. Mas também, talvez sim. Porque a criança que viu Jurassic Park em 1993 ainda tá aqui dentro, pronta pra correr de novo daquele T-Rex.
Jurassic World: Rebirth tem estreia oficial no cinemas dia 03 de julho de 2025.
Bora?
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