quarta-feira, julho 02, 2025

Jurassic Park - Onde Você Estava em 1993?


Eu estava numa sala de cinema lotada, com cheiro de pipoca queimada no ar, o chão grudando e o coração acelerado como se eu estivesse prestes a entrar num parque de verdade. Era 1993, e Jurassic Park não era só mais um filme, era a promessa de ver dinossauros vivos na tela grande. Quando o logo apareceu, seguido daquele rugido ensurdecedor, eu soube que algo ali tinha mudado tudo. A partir dali, cinema e realidade nunca mais seriam a mesma coisa.

Em 1993, Jurassic Park não era apenas um filme. Era um evento. Uma ruptura. Um portal de teletransporte direto pra nossa imaginação infantil. Lembro do impacto que senti ao ver o brontossauro pela primeira vez, levantando o pescoço com aquela música do John Williams me dizendo, sem dizer: “Você nunca viu isso antes.” E não tinha mesmo visto.

Na época, cinema de aventura era feito com maquetes, bonecos de borracha e muito corte rápido pra esconder as limitações técnicas. Mas ali, Spielberg fez a gente acreditar que os dinossauros estavam realmente vivos. E isso muda uma criança. Muda o adulto que ela vai ser. O filme funcionava em todos os níveis: o elenco era carismático sem forçar, a ameaça era real, mas com um equilíbrio perfeito entre ciência e fantasia, e os efeitos, uma mistura de animatrônicos com um CGI recém-nascido, casavam perfeitamente. Era como se Spielberg tivesse misturado cinema, paleontologia e um pouco de mágica negra pra nos hipnotizar. E hipnotizou.

Eu saí do cinema querendo ser paleontólogo, inventor de parques temáticos, programador de sistema de segurança, criador de dinossauros e até o próprio dinossauro, se fosse possível. E acho que muita gente sentiu algo parecido. Porque aquele filme mexia com algo primitivo e ao mesmo tempo moderno, o medo do desconhecido e a arrogância de achar que podemos controlá-lo.

Não é à toa que Jurassic Park virou sensação. A gente lembra onde estava quando viu. Lembra do barulho do copo d’água tremendo. Lembra do grito da garota no carro. Lembra da frase: “A vida encontra um meio.” E talvez seja isso que esse filme fez com a gente, encontrou um meio de se enraizar na nossa memória afetiva. Não era só sobre dinossauros. Era sobre medo, admiração, descoberta e a velha pergunta: e se fosse possível?

Hoje, com um novo filme chegando em julho de 2025, eu me pego pensando: será que ainda tem esse poder? Será que ainda dá pra sentir aquele arrepio? Talvez não como antes. Mas também, talvez sim. Porque a criança que viu Jurassic Park em 1993 ainda tá aqui dentro, pronta pra correr de novo daquele T-Rex.

Jurassic World: Rebirth tem estreia oficial no cinemas dia 03 de julho de 2025.

Bora?


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