segunda-feira, junho 16, 2025

Zubeldia pediu demissao - Crespo vem ai

O São Paulo perdeu a última faísca de dignidade que tinha no banco


Não foi o time.
Não foi a tática.
Não foi a altitude de La Paz, nem o gramado do Morumbi.

Foi o velho combo brasileiro de sempre: elenco descompromissado, preparo físico de pelada de fim de ano, dirigentes omissos e uma torcida organizada que se acha diretoria. Pronto. Tá aí o que derruba técnico bom no Brasil.

Luis Zubeldía não foi apenas mais um. Ele entendeu o São Paulo, vibrava, sentia, parecia torcedor de arquibancada. Um técnico com alma, o que hoje é raríssimo.

Mas no país onde o jornalista medíocre tem mais voz que o treinador no vestiário, onde jogador faz corpo mole porque o banco virou spa e onde a torcida organizada vive de vaquinha pra ônibus e acha que manda no clube, não tem milagre.

Zubeldía errou? Claro. Mas errou tentando.
Errou porque teve que escalar o que dava, com um elenco sem perna e sem alma.
Errou porque o cara faz um jogo bom e no outro tá machucado.
Errou porque faltava tudo, menos vontade. E ainda assim, mesmo sem nada, fez o time jogar bola.

Agora, em breve, anunciam a volta do Crespo.

Sim, o mesmo Crespo que na última passagem entregou o time na UTI e precisaram chamar Rogério Ceni pra limpar o quarto e tentar salvar a vida do paciente.

Torcedor vai pagar pra ver. E depois vai chorar pedindo Zubeldía de volta. Mas aí, meu caro, ele já vai estar em outro clube. Um que dê condições, que respeite o trabalho, que tenha jogadores profissionais em campo e não gente que cansa no intervalo.

Zubeldía vai ser campeão da Libertadores muito em breve.
E a gente aqui, com técnico de grife, vendo reprise de 2005 e chorando de saudade.

Sigo apoiando, mas com raivas e revoltas no coração.