O Astronauta, estrelado por Adam Sandler, é aquele tipo de filme que promete uma jornada cósmica, mas entrega uma viagem arrastada pelo vazio não só do espaço, mas da própria narrativa. A premissa é curiosa: um astronauta solitário em missão perto de Júpiter começa a conversar com uma aranha alienígena gigante, que mais parece um terapeuta do que uma ameaça intergaláctica. A ideia poderia render algo filosófico, tocante, talvez até surpreendente... mas o resultado final é, honestamente, chato.
Adam Sandler se esforça no papel dramático, e até consegue mostrar uma dor interna legítima, mas o roteiro se arrasta num mar de diálogos introspectivos que soam profundos no papel, mas na tela viram monólogos existenciais repetitivos. O ritmo é tão lento que parece que o tempo no espaço parou de propósito só pra prolongar o tédio.
Visualmente o filme tenta ser poético, com planos contemplativos e silêncios eternos, mas tudo isso acaba servindo mais como anestésico do que provocação emocional. A aranha alienígena é simpática, sim, mas nem ela consegue salvar a viagem do completo marasmo. No fim, O Astronauta é o tipo de filme que te faz refletir... principalmente sobre por que você ainda não apertou o botão de "voltar ao menu da Netflix".
É bonito, é sensível, mas também é cansativo e em muitos momentos, simplesmente insuportável.
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