sexta-feira, abril 25, 2025

Enquanto Criticam, Ele Entrega


O São Paulo lidera seu grupo na Libertadores. Tem a melhor sequência da sua história no torneio continental. Está invicto no Brasileirão.  E o que boa parte da torcida faz? Pede a cabeça do treinador. O mesmo que chegou com um elenco remendado, perdeu seus principais jogadores por lesão e ainda assim botou o time pra jogar bola. E não é qualquer bola: é bola competitiva, consistente, com garotos da base brilhando e até jogador que parecia carta fora do baralho decidindo jogo. Ferreirinha fazendo gol e o fraquíssimo André Silva também! Pois é.

Luis Zubeldía não joga pra galera. Joga pelo grupo. Quando um jornalista tenta diminuir o São Paulo, ele não abaixa a cabeça. Briga. Defende os jogadores com todas as forças. Compra as dores do elenco como se fossem dele. E isso, sejamos honestos, é praticamente inédito no futebol brasileiro. A maioria dos técnicos aqui larga o vestiário no primeiro sinal de fumaça. Zubeldía, não. Ele é o primeiro a entrar em campo antes mesmo do time.

Quando perguntaram sobre a sequência invicta na Libertadores, ele foi direto: “Não gosto de falar desses dados, soa narcisista”. Preferiu exaltar os títulos do clube, as glórias do passado, e reforçou que seu papel é apenas honrar essa história agora, em 2025. Enquanto muitos querem holofote, ele quer jogo. E o São Paulo voltou a ter isso.

Só que vivemos numa era em que tudo é julgamento instantâneo. Garotos que mal saíram de Cotia já são jogados aos leões pela própria torcida, a mesma que diz amar a base. Zubeldía pede paciência. Fala sobre o peso das redes sociais, sobre a importância de formar atletas com cabeça forte antes de cobrar protagonismo. É quase um grito de socorro contra a ansiedade coletiva que consome o futebol brasileiro. E sabe o que acontece? Chamam o cara de fraco, de perdido, de “não ter DNA tricolor”. Quando a verdade é outra: tem muita gente que não aguenta ver um gringo comandando o resgate da identidade do clube. A XENOFOBIA, às vezes, se esconde até atrás de uma camisa tricolor.

E pra piorar, ainda tem as viúvas do Dorival por aí. O mesmo Dorival que largou o clube na primeira piscada da Seleção. Que fez um bom trabalho em 2023? NÃO. Poucos se lembram mas tinha torcedor fazendo contas pra não ser rebaixado e que foi campeão da Copa do Brasil muito mais por lampejos individuais do que por um time arrumado e coletivo. Pegou a Seleção e... nada. Tinha em suas mãos os melhores jogadores brasileiros e não entregou nada. Sabe o que eu vejo aqui? Só saudade injustificada.

Tudo isso porque tem torcedor que prefere o nome que já conhece ao trabalho silencioso de reconstrução que está diante dos olhos. Mas quem realmente ama o São Paulo sabe: o que Zubeldía está fazendo, com o que tem nas mãos, é digno de aplausos. E de paciência. A mesma que ele pede para os garotos. A mesma que ele merecia da arquibancada.

Sabado tem um confronto difícil contra o Ceara, no Castelão e o departamento médico cada vez mais lotado.
Seguimos na torcida!
Vamos Tricolor!!

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