Sabe quando você começa a ver uma série sem grandes expectativas e, do nada, ela te puxa pelo colarinho e diz "senta aí que agora é comigo"? Pois é. Foi exatamente isso que O Dia do Chacal fez comigo.
Eu já era fã do filme com o Bruce Willis, aquele clima de gato e rato, a tensão bem dosada, o ritmo que vai cozinhando a gente até a hora do estouro. Então, quando ouvi falar que iam lançar uma série baseada na mesma ideia, fiquei naquela mistura de empolgação com medo. Vai que estragam, né?
Mas não. Eles não só não estragaram como entregaram uma das séries mais inteligentes e bem produzidas que vi nos últimos tempos. Atualizaram tudo pro mundo de hoje, com tecnologia, vigilância em tempo real, inteligência artificial espreitando cada canto. E o Chacal, interpretado por um Eddie Redmayne afiado, consegue ser mais escorregadio que sabonete molhado. Ele é muito bom, com seu olhar frio, calculista, mas sem ser caricato. E ao mesmo tempo você sente que tem alguma coisa por trás daquele jeito metódico dele. Um passado, um motivo, e isso prende. Fora que ele te faz torcer para o criminoso, pois me peguei varias vezes torcendo para o Chacal.
Do outro lado da linha, temos a agente do MI6 vivida pela Lashana Lynch, que tá excelente também. A série entrega esse jogo de xadrez entre os dois, com pistas falsas, estratégias, e aquele velho sentimento de "não sei em quem confiar", que eu adoro.
Os cenários também são ótimos: Londres, Berlim, Praga. Parece até que viajaram com a câmera na mochila. Dá vontade de pausar e só ficar olhando os lugares.
Se você curte espionagem moderna, personagens densos e uma história que vai te empurrando sem pressa, mas sem te largar, pode ir sem medo. Essa série é um tiro certeiro.
E olha... Bruce Willis que me perdoe, mas o novo Chacal chegou com tudo.
O Dia do Chacal está disponível no Disney Plus.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário