Em 2025, essa ameaça já não parece apenas uma especulação alarmista. Com a Rússia recebendo apoio direto e indireto de potências autoritárias como a China e a Coreia do Norte, e os Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump se retirando do cenário, o Ocidente se vê desarticulado, hesitante e vulnerável. A formação de um novo eixo de poder, que desafia frontalmente os interesses da OTAN e da União Europeia, está em curso. E a pergunta que ecoa é: estamos dormindo enquanto a história se repete?
A China Não Está Neutra: Participação Estratégica e Silenciosa
A narrativa oficial chinesa é de “neutralidade” no conflito da Ucrânia. No entanto, as ações falam mais alto que os discursos diplomáticos. A China vem ampliando sua parceria com a Rússia desde 2022 com acordos bilionários de gás, petróleo e cereais, que garantem fôlego à economia russa frente às sanções ocidentais. Além disso, há evidências de cooperação tecnológica, militar e até logística entre os dois países.
Mas o ponto mais controverso é a presença de soldados chineses na Ucrânia. Recentemente, surgiram vídeos, imagens e relatos não verificados por grandes agências, mas amplamente discutidos em canais alternativos, mostrando combatentes com bandeiras da China, armamentos chineses e até registros em mandarim entre tropas aliadas à Rússia. O Kremlin afirma que são “voluntários”.
Ora, isso desafia a lógica mais básica. A China é uma ditadura digital e estatal, com vigilância extrema sobre seus cidadãos. Viajar para fora do país, especialmente para zonas de conflito, exige autorização governamental, e qualquer movimentação suspeita é monitorada por sistemas de crédito social e inteligência artificial. A versão de que cidadãos comuns estariam indo “por conta própria” lutar numa guerra estrangeira soa absurda.
Se há chineses em solo ucraniano, isso não é casualidade. É, sim, uma ação coordenada, autorizada ainda que não oficializada pelo Partido Comunista Chinês, que mantém sua estratégia tradicional de guerra híbrida: interferir sem assumir. Pequim quer manter a imagem de potência pacificadora, enquanto usa suas redes para ajudar seu aliado estratégico. Uma jogada típica do “jogo longo” chinês.
Coreia do Norte: A Peça mais Instável do Tabuleiro
Kim Jong-un, ditador absoluto da Coreia do Norte, tem sido uma figura silenciosa porém estratégica na guerra. Relatórios da inteligência sul-coreana, ucraniana e americana indicam que o país tem fornecido munições, projéteis de artilharia, tanques modernizados de origem soviética, e até soldados ou instrutores técnicos para ajudar a Rússia.
Além disso, há indícios de que trabalhadores norte-coreanos foram enviados para áreas ocupadas pela Rússia para atuar em construção de infraestrutura de guerra uma forma de “ajuda humanitária” que, na prática, serve à manutenção da ocupação russa.
A Coreia do Norte, isolada internacionalmente e sem acesso a recursos, vê na aliança com Rússia e China uma tábua de salvação geopolítica. Em troca de apoio material, ajuda alimentar e respaldo diplomático, entrega sua colaboração militar e funciona como um elemento de instabilidade no leste asiático desviando a atenção dos EUA e da OTAN, que precisam lidar com mais de um tabuleiro de tensão simultaneamente.
Trump Volta ao Poder e Abandona a Ucrânia
Em 2025, Donald Trump voltou à presidência dos Estados Unidos, e com ele, a política externa americana deu um cavalo de pau. Em seus primeiros meses de governo, Trump suspendeu totalmente a ajuda militar à Ucrânia, encerrando o envio de armas, munições, veículos blindados e sistemas de defesa aérea. A retórica é clara: “essa não é nossa guerra”.
Ele também já ameaçou retirar os EUA da OTAN, caso os países europeus não aumentem seus gastos militares. A aliança, que desde 1949 era a espinha dorsal da defesa ocidental, agora parece enfraquecida, sem liderança efetiva, e profundamente dividida.
Enquanto isso, a Ucrânia, que resistia bravamente com o apoio ocidental, vê suas linhas de frente cederem. Os estoques de munição estão acabando. Os drones e sistemas de defesa antiaérea essenciais contra os bombardeios russos estão parando por falta de manutenção e reposição. E as forças russas, mais bem equipadas por seus aliados orientais, avançam.
A OTAN Faz Vista Grossa?
A União Europeia e a OTAN continuam declarando apoio “incondicional” à Ucrânia, mas na prática, as ações são tímidas, lentas e muitas vezes puramente simbólicas. Os países do bloco enfrentam crises internas, disputas eleitorais, e o aumento do nacionalismo o que os impede de agir com firmeza. Enviar ajuda à Ucrânia virou uma questão política interna: um risco para governos impopulares que temem perder votos se parecerem "intervencionistas".
Além disso, há um temor claro de que enfrentar diretamente a Rússia, agora abertamente apoiada pela China e pela Coreia do Norte, poderia desencadear uma guerra de proporções catastróficas. A Rússia já deixou claro que considera o envio de armas modernas à Ucrânia uma ameaça existencial. E não é exagero imaginar que um ataque direto da OTAN levaria a uma resposta devastadora.
Estamos Rumo à Terceira Guerra Mundial?
Sim, é possível. E não é apenas uma teoria da conspiração. O mundo está dividido entre potências autoritárias e regimes democráticos frágeis, e o campo de batalha da Ucrânia é apenas o começo. Essa guerra não é só por território. É por influência. Por controle do sistema financeiro global. Pela hegemonia tecnológica. Pela definição de qual modelo político, ditadura ou democracia, irá dominar o século XXI.
A aliança entre Rússia, China e Coreia do Norte já é um fato. Seus líderes não escondem mais suas intenções. Enquanto isso, o Ocidente perde força e vontade. Os EUA se isolaram. A Europa está dividida. E o mundo inteiro está cada vez mais próximo de um abismo que muitos fingem não ver.
Conclusão: O Silêncio Também é Uma Escolha
A história já nos mostrou que guerras mundiais não começam de uma hora para outra. Elas se constroem aos poucos, com alianças discretas, provocações calculadas, e a omissão dos que poderiam impedir.
Hoje, ver soldados chineses na Ucrânia, sob o manto do “voluntariado”, é uma evidência grave de que a China participa sim, militarmente, dessa guerra apenas não assume. Ver Trump abandonar a Ucrânia e desdenhar da OTAN é mais do que estratégia política: é abrir espaço para que regimes autoritários avancem. Ver a Coreia do Norte enviar munição e homens para uma guerra que deveria ser europeia é ignorar o perigo iminente.
Se nada mudar, se o Ocidente continuar hesitando, se a sociedade seguir distraída com escândalos vazios e redes sociais, em breve talvez não estejamos mais discutindo uma guerra na Ucrânia mas sim, sobrevivendo a uma guerra mundial.
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