Não conhecia a história de O Eternauta.
Sei que é baseada em uma HQ de um autor argentino, Héctor Oesterheld, segundo descobri no Google, foi um dos desaparecidos pela ditadura militar. Isso já dá um peso diferente à obra.
A série estreou há poucos dias, mas rapidamente se tornou uma das mais assistidas do mundo. E o motivo fica claro logo no primeiro episódio: uma neve misteriosa começa a cair do nada, parece poeira branca, mas mata instantaneamente quem encosta nela. O detalhe bizarro: enquanto está caindo, ela é letal, mas depois que se acumula no chão, perde o efeito e ninguém sabe o motivo.
Buenos Aires vira um deserto de cadáveres. E o pior, a tragédia não se limita à cidade. Logo se descobre que o caos se espalhou pelo Uruguai e pelo sul do Brasil, pelo menos até onde se tem notícia.
A série não aposta em batalhas épicas, mas sim em tensão, medo e na forma como as pessoas tentam se organizar em meio ao colapso. O Eternauta acerta em mostrar que o perigo não vem só do céu, mas também de quem ainda está vivo. Tem muita gente desesperada, violenta e tão ameaçadora quanto a própria nevasca assassina.
Spoiler brabo agora:
Com o desenrolar dos seis episódios, a série vai revelando que tudo isso faz parte de uma invasão alienígena cuidadosamente orquestrada. Camada por camada, a verdade vai se descascando até o desfecho do último episódio.
E sim, segundo a própria Netflix, teremos uma segunda temporada.
Nunca li a HQ, mas confesso que fiquei muito curioso pra saber o que vai acontecer a seguir. Se a história original for tão boa quanto essa adaptação, é sinal de que ainda tem muita neve e muita caos pela frente.
Até a próxima!
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