terça-feira, maio 20, 2025

Nova Guerra Mundial?

Estamos presenciando o prelúdio de uma nova guerra mundial?

O que antes parecia distante e isolado, hoje começa a ganhar contornos cada vez mais preocupantes. A guerra na Ucrânia, que já ultrapassou os três anos, não é mais apenas um conflito entre dois países. Aos poucos, está se tornando um tabuleiro geopolítico envolvendo potências globais de forma direta ou indireta. E tudo isso nos leva a uma pergunta inquietante: estamos assistindo ao prelúdio de uma terceira guerra mundial?

Recentemente, surgiram relatos e imagens indicando a presença de soldados norte-coreanos lutando ao lado das tropas russas no território ucraniano. Além disso, cresce a suspeita de que cidadãos chineses supostamente voluntários também estejam atuando ao lado da Rússia. Essa informação, por si só, já levanta questionamentos profundos. Afinal, a China é uma ditadura onde o governo controla rigidamente a saída dos seus cidadãos do país. Como seria possível, então, que soldados chineses saíssem livremente para “ajudar” em um conflito externo sem a chancela direta do governo? A resposta parece óbvia: não são voluntários. Se estão lá, é porque o regime chinês autorizou ou até enviou. E isso muda tudo.

A aliança entre Rússia, Coreia do Norte e China parece cada vez mais sólida. A Coreia fornece mão de obra e soldados, a China abastece com tecnologia, drones, armamentos e apoio diplomático disfarçado. A Rússia, por sua vez, age como ponta de lança dessa coalizão autoritária, testando a resistência do Ocidente e a paciência da OTAN.

Nesse cenário, o papel dos Estados Unidos, que sempre foram peça central nos conflitos globais, também mudou. Com a volta de Donald Trump à presidência em 2025, a política externa americana sofreu uma guinada brusca. Trump deixou claro que os Estados Unidos não pretendem mais continuar bancando a guerra na Ucrânia e criticou abertamente a OTAN por ser “ineficiente e cara”. A consequência direta disso foi a drástica redução de ajuda militar e financeira a Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, que agora se vê praticamente abandonado pelos aliados ocidentais.

A OTAN, por sua vez, parece fazer vista grossa. Apesar de alguns países ainda enviarem armamentos, há uma clara hesitação em confrontar a Rússia diretamente. O medo de uma escalada nuclear pesa, mas essa omissão pode custar caro. Enquanto isso, a China avança com seus interesses no Mar do Sul, ameaça Taiwan, estreita laços com o Irã e expande sua influência militar e econômica no globo, sem sofrer grandes sanções ou oposição real.

E a história nos ensina algo que não pode ser ignorado.

Historicamente, todas as grandes guerras mundiais começaram com pequenos conflitos localizados, que foram subestimados pelas potências globais. A Segunda Guerra Mundial é o exemplo mais claro disso: antes da invasão da Polônia em 1939, que oficialmente marcou o início do conflito, Hitler já havia testado os limites da comunidade internacional ao invadir a Áustria (Anschluss) e anexar a Tchecoslováquia, sem que houvesse uma resposta firme das democracias europeias. Ao ignorar esses sinais e tentar apaziguar um regime autoritário, o mundo cavou sua própria tragédia. O que começou como disputas regionais e promessas vazias de paz, rapidamente se transformou em um conflito planetário com consequências devastadoras. A história mostra que negligenciar pequenos incêndios é abrir caminho para um grande colapso global.

Portanto, o que está acontecendo hoje com a união silenciosa de ditaduras, a fraqueza das democracias e o desinteresse de quem poderia evitar o pior não pode mais ser tratado como um problema “dos outros”. É uma bomba-relógio sendo montada aos poucos. E, se ninguém cortar os fios certos a tempo, todos vamos ouvir a explosão.

Em breve, falaremos sobre atual conjuntura politica do mundo e a ameaça atômica que estamos encaminhando e que parece algo inevitável.

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